O Gabinete de Emergências de Santa Cruz do Sul discutiu ao longo desta semana a possibilidade de permitir a realização de celebrações religiosas no município e a liberação para que clientes frequentem restaurantes também à noite. Um novo decreto municipal deve ser publicado no início da próxima semana, para vigorar a partir do dia 5, terça-feira, e a orientação do grupo deve ser para que ele não traga estas alterações solicitadas pelos dois segmentos.

A informação foi revelada pela promotora de Justiça Cível em Santa Cruz e integrante do Gabinete de Emergências, Nádia Baron Ricachenevsky, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107.9 nesta sexta-feira, 1º. Segundo ela, as restrições devem ser mantidas porque indicadores negativos relacionados à prevenção da Covid-19 preocupam o comitê, principalmente os dados sobre disponibilidade de leitos hospitalares e a informação, levantada em pesquisa, de que um terço dos santa-cruzenses saem de casa diariamente, mesmo para atividades não essenciais. “Pelo que deliberamos, nesse momento, não será autorizado”, afirmou Nádia.

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Segundo a promotora, as demandas apresentadas ao Município por segmentos da sociedade, com relação à prevenção do novo coronavírus, são avaliadas “com muita imparcialidade”. “Esses pedidos, quando eles se referem a uma situação semelhante àquilo que já está preconizado no decreto, encaixamos no decreto. Qualquer situação que seja evidentemente excepcional é submetida à análise do gabinete”, explicou.

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Novo modelo estadual ainda está em análise

O novo modelo de distanciamento controlado, apresentado nessa quinta-feira, 30, pelo governador Eduardo Leite e que deve entrar em vigor no Rio Grande do Sul ainda na primeira quinzena deste mês, ainda está sendo estudado pelos membros do Gabinete de Emergências, mas, segundo Nádia Ricachenevsky, a primeira impressão é de que as medidas atuais em Santa Cruz estão adequadas ao que deve ser determinado em nível estadual.

“Esse projeto de distanciamento controlado ele é bastante complexo, numa primeira análise, mas, especificamente para nós em Santa Cruz do Sul e ao trabalho do gabinete, hoje entendemos que as propostas já apresentadas pelo Município, no momento, elas estão adequadas ao que o Estado vai nos propor. Evidentemente um ou outro ajuste talvez tenha de ser feito”, analisou.

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