Motivo de apreensão para a população santa-cruzense no primeiro semestre de 2020, o Lago Dourado começa a recuperar seu volume e afasta a possibilidade de racionamento no município. O reservatório, que no dia 10 de maio chegou a ter apenas 28% de sua capacidade, atualmente opera com 52%. O nível nesse domingo estava em 3,27 metros.
A chuva acima da média registrada no mês de maio, entretanto, levará tempo para ser percebida na prática. De acordo com José Epstein, superintendente regional da Corsan, o lago é alimentado por uma adutora, que puxa água da barragem do Rio Pardinho, e tem vazão limitada. “Mesmo que chova muito, o volume que vai para o lago é limitado. Cem milímetros de chuva se traduzem em apenas 10 centímetros de nível”, explica.
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A estiagem já é tratada como superada, e a cidade não corre risco de desabastecimento, mas a Corsan já trabalha em medidas para o futuro. “Há possibilidade de que o próximo verão tenha nova estiagem prolongada. Continuamos as ações já iniciadas para estarmos preparados”, ressalta Epstein.
As chuvas recentes não são boas apenas para o Lago Dourado e o abastecimento doméstico de Santa Cruz do Sul. O setor agrícola, que sofreu grandes perdas devido à seca prolongada, vê com alívio e esperança a mudança no clima.
Conforme Josemar Parise, técnico da Emater/RS, o volume acima da média registrado em maio, complementado pelas chuvas do início de junho, foi decisivo, e é suficiente para recuperar e preparar a terra para as culturas de inverno. “Essa chuva calma e contínua permite que o solo consiga recuperar a umidade e armazenar água, que serve também para abastecer os reservatórios de superfície”, diz. Para os primeiros 15 dias deste mês, a previsão é de mais chuva.
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