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Política

Elstor rebate Telmo e diz que PL vai buscar um novo caminho

Foto: Jacson Stülp/Câmara de Vereadores

O presidente da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, Elstor Desbessell (PL), usou a tribuna, durante a sessão dessa segunda-feira, 15, para se manifestar em relação à saída do partido da base do Governo Municipal. Inicialmente, ele questionou a abordagem da imprensa em relação ao caso, que classificou como demasiadamente forte. “A primeira manchete foi: prefeito manda PL sair. No dia seguinte no jornal: PL é expulso. E eu quero cobrar isso, porque o secretário que ocupava a secretaria recebeu uma ligação às 15h30 do secretário da Administração, pedindo, por gentileza, deixe seu cargo. Ninguém foi expulso”, salientou.

Desbessel ainda disse que a decisão não partiu da sigla. “Elstor e o PL não abandonaram o Governo. Nós fomos mandados embora. E a partir de quarta-feira iremos falar com todos os partidos, menos com o PSD, que já demonstrou que não nos quer.”

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O presidente da Câmara relatou que estava se reunindo com os três cargos comissionados do PL que estavam no Governo – nenhum indicado por ele. “Parece-me que eu menti aqui na tribuna segunda-feira passada. Fui desmentido no grupo de WhatsApp do Gabinete de Emergências, que tem outra finalidade, de servir para aconselhar o senhor prefeito, e não para discussões pessoais”, observou.

Elstor destacou que não precisa se expor ao ridículo. “Eu sou filho de colonos, de Linha Brasil. Meu pai trabalhou até os 59 anos, plantando fumo. Fui um ‘coloninho’ que todo dia ia a Monte Alverne, quatro quilômetros, para estudar, a pé. Depois vim estudar na Escola Ernesto Alves de ônibus do Sayonara e fiz minha primeira faculdade e sou um funcionário concursado. E neste mundo só tem duas pessoas que vão mandar em mim: meu pai e minha mãe”.

O presidente da Câmara de Santa Cruz do Sul ainda disse que não é garoto de recados. “O prefeito ainda disse que ligou para mim para mandar um recado ao vereador Mathias [Bertram]. Mas que ligue para o vereador Mathias! Isso quer dizer que o prefeito tem medo de ligar para o líder do PTB. Eu devo respeito aos vereadores, não sou garoto de recados. Precisamos ter algum respeito entre nós, mesmo sendo de lados opostos. Esta política de sentar lá no chalé e dizer que é a caneta que manda, eu não preciso disso.”

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O vereador do PL destacou que a saída do Gabinete de Emergências lhe rendeu experiência, elogios e gestos de solidariedade. “Obrigado a todos os colegas que ligaram, a todos os empresários e presidentes de partido que mantiveram contato comigo. Aí eu vi que estava incomodando. Não estou na política por cargos. Nunca tive indicações no Governo, mesmo quando fui duas vezes secretário da Fazenda”, citou.

Ele ainda se desculpou com os membros do Gabinete de Crise pelo que chamou de desrespeito. “Um dia cometi o erro de dizer que ali tinha pessoas muito bem remuneradas que não estavam preocupadas”. Elstor finalizou dizendo que havia sinais de que o prefeito não queria a representação do Legislativo no Gabinete de Crise. “Ele já nos deu um tapa de luvas, ao convidar o vereador Alberto (Heck). Aliás, quero saber se a Câmara perdeu a vaga no Gabinete. E qual a função do Gabinete, é somente para chancelar o que o senhor quer que seja feito?”

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