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Contra o frio

Reformulados, fogões a lenha voltam à moda

Foto: Giovane Weber

A fumaça que sai da chaminé das casas nesta época do ano denuncia que o frio do inverno já chegou e que os compartimentos dos fogões a lenha já estão a todo calor. Tradicionais, com gabinete, com tampa de vidro e até a gás, o charme da estação que se inicia no próximo sábado, 20, se encontra com este utensílio doméstico que em algumas residências é de primeira necessidade. Nas lojas, eles já são campeões de venda e, à medida em que o frio se intensifica, cresce a procura pelos tradicionais fogões a lenha.

A gerente da megaloja da Afubra em Santa Cruz do Sul, Nádia Rohr, explica que os fogões estão entre os produtos mais vendidos nesta época. “Ele é um produto tradicional do inverno, que faz parte dos espaços planejados pelas famílias. As cores e os modelos diferenciados ajudam a combinar os fogões com os demais móveis”, enfatiza Nádia.

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De vários tamanhos e estilos: na megaloja Afubra, os fogões a lenha estão entre os produtos mais procurados na época do inverno | Foto: Alencar da Rosa


Entre os fogões tradicionais, existem dois tipos mais comuns. O simples, na versão número um e dois, e o de gabinete. O fogão com gabinete tem um compartimento para armazenar lenha abaixo de onde a madeira é queimada. Alguns possuem também a caldeira, um display para colocação de água, que fica sempre quente com o uso do fogão, e pode ser retirada por uma torneira, instalada ao lado da porta da frente do fogão. O preço varia de R$ 1.190,00 a R$ 2.500,00, dependendo do tamanho e da opção de gabinete.

Já os modelos com design diferenciado vêm com uma tampa de vidro no local dos queimadores tradicionais. “Ela é mais fácil de limpar e também acaba sendo mais bonita. É uma peça que vende bastante nos últimos anos”, confirma Nádia. O custo destes fica na faixa de R$ 5,9 mil.

O modelo a gás é como um fogão de uma boca. Com queimadores abaixo da chapa, o modelo é usado para aquecer o ambiente e também pode servir para a cocção de alimentos. O valor do fogão a gás, que imita o formato do fogão a lenha, é de R$ 799,00. Ele não utiliza lenha, por isso é considerado também mais prático, pois evita a sujeira com a queima e o manuseio de madeiras.

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De preferência, o equipamento deve ficar em ambiente arejado

O médico pneumologista Rui Dorneles recomenda o uso do fogão a lenha sempre associado à circulação de ar. Para ele, o ideal até é que o utensílio seja instalado em um ambiente à parte da cozinha, para fazer com que o ar em volta da queima de madeira se renove. “Ainda mais neste período que estamos vivendo. Por conta da pandemia, existe uma necessidade de manter os ambientes arejados. No caso dos fogões a lenha não é diferente”, destaca.

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O médico especialista explica que o uso do fogão não é prejudicial quando está em um ambiente no qual o ar pode circular. O ideal, segundo o pneumologista, é manter uma porta ou uma janela aberta durante o período de uso do fogão a lenha para permitir a renovação do ar dentro do ambiente.

Dorneles explica ainda que a queima de biomassa – seja ela madeira, carvão ou outro combustível usado em fogões a lenha – resulta em resíduos e gases que ficam no ar e prejudicam a respiração. Com a presença destas partículas, pacientes com doenças alérgicas respiratórias, como asma e rinite, sofrem mais. “Há também estudos que mostram que a exposição por tempo prolongado à queima de biomassa aumenta em até três vezes o risco de enfisema pulmonar”, alerta.

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O ideal é não usar álcool para acender o fogo

A dona de casa Rosa Maria Weber, de Cerro Alegre Alto, em Santa Cruz do Sul, já deu início à temporada de fogão a lenha na casa da família. Desde as primeiras horas do dia, o fogão campeiro, construído sob medida para a cozinha, está bombando. Para acender o fogo, dona Rosa inicia o ritual na noite anterior. “Quando todo mundo está se preparando para dormir, a gente arruma o fogo do dia seguinte. Primeiro coloca um pouco de papel embaixo, e sobre ele dispõe gravetos e madeiras”, ensina. Ela prefere usar a grimpa de araucária, como salienta.

Dona Rosa acende o fogo pela manhã e segue com o calor na cozinha durante todo o dia | Foto: Giovane Weber

Acima dos gravetos devem ser colocados gravetos maiores, mas também secos, para que o fogo pegue. “Não se usa álcool; é só riscar um fósforo e acender o papel que o fogo pega automático. A gente fecha a porta do fogão e ouve o barulhinho da madeira estralando. Este é o sinal de que o fogo acendeu”, frisa. Na casa de dona Rosa, durante o inverno sempre tem água quente para o café ou o chimarrão, comida com gosto de carinho, feita sobre a chapa do fogão a lenha, e cozinha sempre quentinha. “A gente deixa o fogo aceso o dia todo”, enfatiza.

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