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CAVALOS CRIOULOS

Premiada égua de cabanha santa-cruzense é favorita ao Freio de Ouro

Foto: Rafaelly Machado

Nilton Pacheco, Jones e Rosalie Jones com a premiada Balisa III do Itapororó, a estrela do elenco equino da Cabanha Quaraci

Criada há 15 anos, a Cabanha Quaraci – nome que, na mitologia tupi-guarani, é a representação do Deus-Sol – desponta na criação de cavalos crioulos na região. Instalada em uma área de 400 hectares, em São José da Reserva, no interior de Santa Cruz do Sul, o local reúne membros premiados da raça crioula. Entre eles, a égua Balisa III do Itapororó, premiada no Bocal de Ouro e grande favorita ao Freio de Ouro 2020, a maior prova de cavalos crioulos do Brasil.

Recém-chegada de Esteio, da disputa que mediu atributos de beleza e força, a premiada Balisa III do Itapororó é a estrela da Cabanha Quaraci. “Ela é filha de um dos garanhões mais valiosos do Brasil. O desempenho dela é tão bom por causa das características genéticas e de treinamento”, destacou o proprietário da égua, Robert Jones, orgulhoso do título inédito para a região. A prova que premiou Balisa é uma preparação para o principal prêmio da raça no Estado. O Freio de Ouro, previsto para ocorrer entre setembro e outubro, deverá ser arrematado por ela.

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Na cabanha, o empresário, conhecido do setor de tabaco, realiza-se com o plantel. “Queremos criar um importante núcleo de cavalos crioulos. Por isso, temos participação nos garanhões-destaque e mantemos um plantel com 50 éguas de cria”, explicou. Segundo Jones, trabalhar com genética e alto desempenho são as estratégias para alcançar bons resultados em provas que medem morfologia e desempenho, objetivos da Cabanha Quaraci.

O plantel da cabanha já começa a mostrar os sinais da qualidade genética dos cavalos crioulos criados em São José da Reserva. Neste ano, seis animais – quatro machos e duas fêmeas – irão participar das provas do Freio de Ouro. A disputa, que é organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), comumente ocorre durante a Expointer, no Parque Assis Brasil, em Esteio. Mesmo com o cancelamento da feira, por causa da pandemia do novo coronavírus, o concurso está confirmado. No entanto, a data ainda não está fechada. A ABCCC planeja realizar o Freio de Ouro – com todas as restrições de público e cuidados sanitários com a Covid-19 – entre o fim de setembro e o início de outubro próximos.

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Após a realização das provas, ocorrerá um leilão online, com crias da Quaraci. Machos e fêmeas que nasceram nas terras da cabanha, na divisa de Santa Cruz do Sul com Rio Pardo, serão oferecidas para criadores dispostos a ampliar a qualidade dos seus rebanhos crioulos. “A ideia é realizar dois leilões, um de potros e outro com potros e éguas. As possíveis datas são os dias 10 e 24 de outubro”, informou Jones.

Animais recebem tratamento especial: ideia é garantir-lhes qualidade e bem estar | Foto: Rafaelly Machado

Muito zelo e cuidado na criação de cavalos

A esposa de Robert, Rosalie Negrine Jones, é a responsável pelo cuidado direto com os cavalos crioulos. Assessorada por Nilton Luiz Pacheco e por uma equipe com mais dois tratadores, ela faz das tardes ensolaradas o passatempo ideal junto aos cava-los. “Este lugar tem uma energia tão boa. A gente fica muito bem aqui”, enfatizou.

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Dela são também as sugestões de nome, com inspiração tupi-guarani. “Eu pesquiso na literatura e nos dicionários, pois isso faz parte da cultura da Região Sul, tem a ver com a história”, defendeu.

Rosalie preocupa-se também com a instalação e a qualidade dos cavalos. Tratados com azevém, alfafa e ração, os equinos fazem três refeições por dia: às 5h50, às 12h30 e às 21 horas. As éguas famosas, como a Balisa III e a Benilde, que também será avaliada por sua morfologia em Esteio, são tratadas como celebridades. Xampu especial, cuidados para evitar o frizz nas crinas e até capa especial para cuidar do pelo e das crinas fazem parte da rotina dos cavalos crioulos da Cabanha Quaraci.

Os principais exemplares do elenco repousam em baias, nas quais há todo um cuidado especial. “Iremos trocar o piso das baias, para melhorar a saúde deles. Os cavalos podem ter problemas respiratórios e a nossa preocupação é com o bem-estar deles”, confirmou a proprietária.

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