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ECONOMIA

Santa Cruz do Sul é a 72ª cidade com mais ricos no Brasil

Foto: Ronaldo Falkenback/Arquivo

Ao analisar as informações de rendimento e patrimônio dos brasileiros dos 5.570 municípios do País, o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) criou o mapa das cidades com mais ricos. O levantamento leva em consideração as informações declaradas à Receita Federal do Brasil no ano passado e diz respeito aos recursos movimentados em 2018. Nele, Santa Cruz do Sul aparece entre as 100 cidades com a maior quantidade de ricos do Brasil. A média entre os mais endinheirados revela também que o salário de quem precisa fazer a declaração do imposto gira na casa dos R$ 8,9 mil mensais.

O vice-reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Rafael Frederico Henn, acredita que uma soma de fatores contribui para o posicionamento de Santa Cruz entre as 100 primeiras colocadas. Segundo ele, o município encontra-se em um patamar acima da média. “Esse resultado tem muito a ver com o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que é mais alto por conta das exportações. PIB mais alto eleva salários e a circulação de valores dentro do município.”

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Com o volume de riquezas alto – medido pelo desempenho do PIB –, o pagamento de salários também surfa em níveis mais elevados. A junção desses fatores ajuda a fortalecer a economia como um todo, de modo a criar e ampliar setores como os de serviços e comércio, gerando assim mais renda e recursos para o município. “Isso acaba se transformando em um círculo virtuoso, que faz com que a quantidade de recursos em circulação no município siga em crescimento”, pontuou Henn.

A presença de instituições sólidas, como a própria Unisc, é também fator determinante para o resultado de Santa Cruz do Sul. O vice-reitor destaca que a Associação Pró-Ensino (Apesc), mantenedora da Unisc e do Hospital Santa Cruz, deve ser comparada a uma grande empresa. São quase 2 mil funcionários vinculados às duas instituições, com uma movimentação financeira milionária. “O orçamento de muitas cidades da região acaba sendo menor do que a movimentação da Apesc.”

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Rafael Henn: diversos fatores contribuem

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O CÁLCULO

O índice geral para o ranqueamento é a renda média. A Fundação Getúlio Vargas considera dois parâmetros para medir o quão rico é o morador de uma das 5.570 cidades brasileiras. Além dos rendimentos, os bens acumulados entram na conta. Os índices revelados nessa equação geram outros dois parâmetros: o da média geral, que eleva Santa Cruz à posição 72 do ranking, e a média entre os santa-cruzenses que declaram renda ao fisco.

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Segundo os dados da FGV, em 2019, 21,41% da população fez a declaração do Imposto de Renda, alimentando a pesquisa dos dados de 2018. Na média, os santa-cruzenses que declararam o imposto tinham de rendimento mensal R$ 8.930,17 e um patrimônio médio avaliado em R$ 344.136,90. Quando o estudo considera toda a população em 2018, o rendimento mensal cai para R$ 1.911,88, e o patrimônio médio, a R$ 76.676,90.

Quando considerado o patrimônio do total dos habitantes que fazem a declaração de renda anual, o município sai da posição 72 para a 69 entre os municípios brasileiros que concentram o maior volume de riquezas.

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Estado

Atrás apenas do Distrito Federal, de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul é o quarto estado com maior volume de rendimentos e bens acumulados. Quando a medida é o número de contribuintes da Receita Federal, o RS ultrapassa o Rio de Janeiro e se torna o terceiro.

Santa Catarina e Paraná seguem, respectivamente, nas segunda e terceira posição no ranking da Região Sul. A média de rendimentos mensais dos gaúchos girou na casa dos R$ 1.569,92 em 2018.

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Cidades gaúchas entre as 100 primeiras no ranking nacional:

POSIÇÃO – CIDADE – RENDA MENSAL
8º – Porto Alegre – R$ 3.725,15
23º – Nova Petrópolis – R$ 2.646,64
31º – Colorado – R$ 2.331,66
35º – Bento Gonçalves – R$ 2.201,58
36º – Santa Maria – R$ 2.182,70
37º – Carlos Barbosa- R$ 2.178,53
38º – Gramado – R$ 2.174,97
39º – Não-Me-Toque – R$ 2.150,49
40º – Garibaldi – R$ 2.148,00
41º – Lajeado – R$ 2.135,99
45º – Ivoti – R$ 2.105,80
53º – Passo Fundo – R$ 2.046,03
58º – Caxias do Sul – R$ 1.996,67
66º – Casca – R$ 1.931,14
69º – Flores da Cunha – R$ 1.928,62
72º – Santa Cruz do Sul – R$ 1.911,88
76º – Ibirubá – R$ 1.876,66
80º – Antônio Prado – R$ 1.857,02
86º – Novo Hamburgo – R$ 1.828,70
88º – Quinze de Novembro – R$ 1.821,63
92º – Porto Xavier – R$ 1.804,89
94º – Encantado – R$ 1.797,95
94º – Erechim – R$ 1.750,57

Desempenho ajuda toda a região

Para o vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Flávio Haas, a colocação de Santa Cruz do Sul entre as 100 cidades brasileiras com maior volume de recursos ajuda a desenvolver toda a região.

A indústria, uma das molas propulsoras na geração dos recursos apontados nas declarações de renda dos santa-cruzenses, movimenta pequenas cadeias produtivas agregadas, propiciando o trânsito de trabalhadores entre cidades de menor porte no entorno de Santa Cruz. Segundo Haas, não é errado pensar que o bom desempenho do município engrandece a região. “Esse relatório mostra a pujança econômica do nosso município, que é um esforço dos investidores, empresários e do próprio poder público. É um mérito de todos”, avaliou.

Flávio Haas: é um mérito de todos

O apontamento feito pelo vice-reitor da Unisc, em cima do desempenho do município no cálculo das fortunas, é repetido pelo vice-presidente regional da Fiergs. Com salários acima da média, em razão da diversidade de indústrias, a circulação de recursos nos setores de comércio e serviços torna-se maior, o que aumenta a rentabilidade em diferentes segmentos econômicos. “A relevância do setor industrial mostra que se ele está bem, as demais forças econômicas andam juntas. Nós temos isso aqui, por isso Santa Cruz do Sul é um município diferenciado.”

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