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CENA RARA

VÍDEO: leão-baio é visto no interior de Rio Pardo

Foto: Reprodução

Animal percebeu a presença dos homens que o filmavam, mas seguiu seu rumo

Na manhã desta quinta-feira, 20, o motorista de ônibus Beno Paulus, 57 anos, natural de Sobradinho e há 30 anos radicado em Santa Cruz do Sul, aceitou convite de um amigo, Arsênio Rech, 55, de Pitingal, no interior de Passa Sete, para acompanhá-lo até lavoura que este arrendou no interior de Rio Pardo, com a intenção de plantar soja.

Paulus dirigia o caminhão. A certa altura, por volta de 8h30, próximo à Fazenda Capão da Fonte, no Passo do Adão, passavam ao lado de uma área de eucaliptos que está sendo derrubada. E ali constataram que um animal de porte significativo, bem maior do que um cachorro, se movimentava por entre os galhos caídos, e pararam o veículo. Paulus pegou o celular e rapidamente começou a filmar. Conseguiu obter uma cena que é cada vez mais rara: um puma, ou um leão-baio, como também é chamado, cruzava calmamente a estrada.


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Paulus agiu rápido e conseguiu registrar o animal em um vídeo de cerca de 30 segundos. “Foi uma grande emoção”, comenta ele, que depois compartilhou as imagens com alguns conhecidos. “Quando vimos aquele animal, na surpresa comentamos entre nós, logo imaginando que era um leão-baio. Paramos a uma boa distância dele, para não afugentá-lo. E, mesmo com o caminhão funcionando, ele não se importou. Até ficou olhando para o nosso lado, mas seguiu o seu caminho. Então atravessou a estrada, e sumiu no meio da vegetação”, frisa.

Tanto Paulus quanto Rech nunca tinham visto um felino dessa espécie. “Foi mesmo incrível ver aquele leão-baio vindo assim, em seu habitat”, enfatiza. Eles até se preocuparam em evitar que alguém pudesse querer incomodar o animal na natureza, tendo em vista que, ao que sabiam, ele não tem índole de ameaçar o ser humano.

Ameaçado

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O biólogo e professor da Unisc Andreas Köhler, após conferir o vídeo, enviado pela reportagem, confirmou que se trata efetivamente do puma, chamado de leão-baio, ou onça-parda. Depois da onça-pintada, é o segundo maior felino na fauna brasileira. Conforme Köhler, o puma costuma habitar territórios grandes, movimentando-se por amplas extensões, e evita o contato com os seres humanos.

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Por isso, acaba sendo raro que apareça a pessoas, ou, mais ainda, que possa ser filmado. “Quando muito, se tem um ou outro vídeo que chega a nós”, afirma. Uma vez que os seus habitats estão cada vez mais restritos, isso dificulta sua sobrevivência ou a normalidade de sua forma de viver. Ameaçado de extinção, é por isso protegido por lei, e não pode ser caçado ou abatido. “É cada vez mais raro vê-lo ou, mais ainda, registrá-lo”, salienta o biólogo.

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Köhler informa que essa espécie, na natureza, pode viver cerca de 20 anos, mas em cativeiro há relatos de longevidade ainda maior. É um animal carnívoro, que se alimenta de outros pequenos roedores, como lebres, e eventualmente chega próximo de casas para tentar pegar galinhas ou até ovelhas. “Mas não costuma atacar pessoas, mantendo-se, justamente, quase sempre afastado delas”, frisa.

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