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Alimentação pública

Afinal, a comida do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul é boa ou não?

Cada preso recebe porções individuais

Desde o dia 23 de março, os apenados nos presídios gaúchos estão impedidos de receber visitas em razão da pandemia do novo coronavírus, que já causou mais de 138 mil mortes em todo o País e infectou mais de 4,5 milhões de pessoas. A situação causa apreensão em familiares de detentos que cumprem pena no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.

Ao longo da última semana, a Gazeta do Sul recebeu várias ligações e mensagens via WhatsApp de parentes de detentos que questionam a falta de informações sobre o retorno das visitações. Eles também reclamam do impedimento de fornecer aos internos refeições de fora do complexo prisional – também uma medida que visa barrar o risco de infecção pela Covid-19.

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“Ficamos sabendo que nossos familiares não estão recebendo a alimentação adequada. Recebem comida estragada, não nos deixam levar sacolas com alimentação na cantina, estão ganhando apenas o básico do básico”, contou por WhatsApp a familiar de um detento.

“O alimento é azedo”, diz familiar de preso; Susepe dá outra versão

O Presídio Regional de Santa Cruz do Sul tem atualmente pouco mais de 300 detentos homens e 22 detentas. Os familiares que entraram em contato com a Gazeta do Sul pediram para não ser identificados, temendo que seus parentes sofram retaliações. Em uma mensagem, um homem também protestou contra a qualidade da comida.

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“Não é porque eles estão presos que não possam se alimentar bem. Eles já estão pagando pelos seus erros, e a comida que vem da cozinha é azeda. O problema é que a gente não pode se identificar, senão o meu familiar é que paga lá”, disse.

No último dia 17, a Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Sul (Seapen) e a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) divulgaram uma atualização da nota técnica que prorroga a suspensão das visitas nas casas prisionais do Estado.

A nova data para liberação das visitas é 3 de outubro. O documento define orientações sobre identificação de casos suspeitos de Covid-19, elenca procedimentos que devem ser adotados por servidores e visitantes das casas prisionais e também aborda a restrição de visitas aos apenados.

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No entanto, ele não cita diretamente a impossibilidade de entregar alimentos aos apenados nos presídios.

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Curso da Unisc elabora os cardápios

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A direção do presídio confirma que, por causa da pandemia, a entrega de comida de fora está proibida. Contudo, segundo a delegada penitenciária Samantha Longo, uma parceria foi firmada com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) para garantir a qualidade das refeições preparadas na instituição e servidas aos detentos.

“O curso de Gastronomia elabora cardápios e auxilia os apenados na preparação correta dos alimentos. Também foram adotadas porções individuais para cada preso, que garantem os padrões de higiene e qualidade”, disse a delegada.

Segundo ela, os familiares continuam autorizados a comparecer no presídio para entregar roupas e materiais de higiene pessoal.

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