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CLIMA DE OTIMISMO

Lojistas já se preparam para o Natal em Santa Cruz

Foto: Rafaelly Machado

Em algumas lojas, enfeites e ornamentações estão colocados para receber o consumidor que deseja antecipar as compras

Aspecto importante nas festividades de fim de ano, os enfeites e decorações de Natal já começam a aparecer no comércio de Santa Cruz do Sul. É possível perceber a movimentação, ainda em fase inicial, nas lojas do Centro e no comércio dos bairros da cidade. Apesar do período de pandemia, a expectativa de vendas entre os lojistas é boa.

Até o dia 24 de dezembro, os tradicionais papais-noéis, guirlandas, árvores de natal, enfeites religiosos e demais adereços alusivos à data irão invadir as vitrines das lojas para chamar a atenção dos consumidores na corrida pelas vendas. Por enquanto, a maioria dos estabelecimentos ainda mantém as decorações guardadas. Muitas lojas esperam o início do pagamento do 13º salário, no fim do mês de novembro, para começar a divulgar as promoções de Natal.

Na loja da Afubra, por exemplo, a gerente comercial Nadia Rohr informa que as decorações devem dar vida às vitrines com o tema natalino somente a partir da próxima semana. Já no caso da loja Fácil Home Center, no Bairro Goiás, um papai-noel de brinquedo já está de prontidão na entrada do estabelecimento recebendo os clientes que optarem por adiantar as compras dos presentes.

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Lojistas esperam aumentos nos negócio | Foto: Rafaelly Machado

A ideia de adiantar a decoração partiu das próprias funcionárias, e desde o início do mês o local já tem à disposição os enfeites para quem quiser decorar sua casa ou estabelecimento, além dos artigos que embelezam as vitrines e os corredores com o tema natalino.

Segundo o proprietário do estabelecimento, Carlo Tomazzoni, a expectativa é de que as vendas de Natal sejam iguais ou melhores na comparação com o ano passado. Apesar disso, o empresário tem dúvidas em relação ao próximo ano. “Depois do Natal, eu prevejo uma retraída mais forte. Na realidade, estamos preocupados, pois está faltando matéria-prima para os nossos fornecedores.” Em razão da pandemia, o mercado sente falta de ferro e plástico. Alguns fornecedores já recusaram pedidos por não ter produtos em estoque para entregar. “Os varejistas menores ainda conseguem receber, mas as grandes redes já estão desabastecidas.”

Os dados da mais recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) comprovam a afirmação. Segundo a entidade, 68% das empresas do Brasil relataram problemas em obter insumos ou matérias-primas no mercado, e dessas, 82% perceberam aumento no preço dos produtos, o que pode influenciar no custo para o consumidor no Natal. A maioria dos empresários consultados (76%) na pesquisa nacional realizada com mais de 1,8 mil empresas, e divulgada no fim de outubro, relatou que não irá conseguir aumentar a produção por falta de matéria-prima. Outros 41% apontaram que a demanda por produtos está maior do que a capacidade de produção.

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Para se prevenir, a solução encontrada pelo comerciante santacruzense foi o aumento na quantidade de produtos em estoque. O desafio agora será vender no próximo ano, já que a previsão é de diminuição nos negócios a partir de janeiro.

A aposta para lucrar e manter a economia girando fica na expectativa de aumento do consumo até o fim de dezembro deste ano. O período de pandemia obrigou a população a utilizar mais os espaços dentro de casa, e muitas pessoas viram a necessidade de comprar ou renovar os artigos para o lar.

Além de produtos para casa, equipamentos eletrônicos – como TVs e notebooks – seguem em alta para as opções de presentes, em época de home office e aulas a distância.

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Menos trabalhadores temporários em 2020

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul divulga na próxima semana um estudo com os comerciantes locais que busca saber o nível de confiança dos lojistas para a época de Natal. A ação também quer identificar se as lojas pretendem realizar as tradicionais contratações de fim de ano, por conta da maior demanda de clientes no período.

De acordo com o presidente da CDL, Marcio Martins, em virtude da pandemia, a contratação de trabalhadores temporários deve ser reduzida. “Algumas empresas estão fechadas até hoje. A grande maioria não funcionou entre 30 e 60 dias. Isso impacta muito no humor do lojista e no faturamento que ele teve ou deixou de ter, e pode afetar as contratações para o Natal.”

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A gerente da Afubra, Nadia Rohr, adianta que a loja não irá fazer contratações de funcionários especificamente para o fim de ano. A empresa já realizou um período anterior de admissões e atualmente tem um número suficiente de funcionários para atender ao aumento da demanda esperado para o período natalino. O mesmo ocorre na loja JC Dullius, onde as ornamentações de Natal ainda não chegaram às vitrines. A gerente Catia Fischborn informa que os enfeites devem ser organizados depois do dia 20. Sobre a contratação de temporários, a empresa também não planeja adicionar novos colaboradores porque já havia ampliado a equipe durante o ano.

Uma questão importante, segundo o presidente da CDL, é manter o engajamento do consumidor no comércio local. Marcio Martins explica que a concorrência com as vendas pela internet é grande, mas em sua opinião, é desleal, pois as mercadorias compradas no meio virtual são livres do chamado “imposto de fronteira”, que o comércio local precisa pagar. “As compras online são mais baratas por causa da tributação, não porque os lojistas querem ganhar mais em Santa Cruz do Sul. A margem de lucro é a mesma.”

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