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Tabaco

Granizo causa danos em 268 lavouras na região

O relatório aponta 42 ocorrências em Sobradinho e 31 em Venâncio Aires, municípios com maior incidência

A chuva de segunda-feira foi comemorada pelos produtores de tabaco do Vale do Rio Pardo. Porém, algumas regiões tiveram um dia desagradável, pela ocorrência de granizo. De acordo com o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, 268 lavouras foram atingidas até a manhã de terça-feira, 17, no Vale do Rio Pardo. Em toda a Região Sul, foram 1.341 propriedades afetadas. O relatório aponta 42 ocorrências em Sobradinho e 31 em Venâncio Aires, municípios com maior incidência.

Sobre a chuva, Werner acredita que o volume foi pequeno, mas suficiente para recuperar as plantas mais danificadas pelo período de estiagem. Para ele, será necessária a continuidade das precipitações nos próximos dias, com ao menos 30 milímetros, para auxiliar na qualidade e produtividade das lavouras. “O pé de tabaco tem o formato de um guarda-chuva invertido. A folha direciona a água para o caule, que escorre em direção à raiz. É mais fácil para o solo ter maior umidade do que uma lavoura de milho, por exemplo”, explica. Em relação à colheita, Santa Cruz do Sul e Candelária chegaram a 28% do volume total, enquanto Venâncio Aires já está com 30%, conforme dados do último sábado. Nos municípios da parte alta, o índice é menor, com variação entre 5% e 10%.

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Fotos dos estragos foram publicadas em um grupo de fumicultores no Facebook

O agricultor e colunista da Gazeta do Sul, Giovane Luiz Weber, avaliou o volume de chuva inferior a 20 milímetros como importante para dar um novo aspecto às plantas. “Dá um novo ânimo. Mas o granizo preocupa e os produtores ficam no prejuízo, principalmente nesta época em que o tabaco foi ou está para ser capado”, comentou. Em agosto, Giovane enfrentou dificuldades com a queda de granizo. “O tabaco estava há um mês na lavoura. Mas ainda deu para recuperar. Os afetados receberam seguro. O problema é agora, nesta fase do tabaco mais desenvolvido. Agora dá só para recuperar algumas folhas e preparar a terra para plantar milho ou soja”, complementou. Ele recebeu fotos de outros agricultores, de Lagoão, Barros Cassal e Gramado Xavier, postadas em grupos de fumicultores.

Giovane salienta que é fundamental que a chuva retorne em breve, já que teremos dias com temperaturas altas, próximas dos 30 graus. Segundo ele, o ideal para o período de desenvolvimento das plantas são pancadas ao menos duas vezes por semana. A previsão é de volumes baixos para os 15 dias seguintes. “Começamos com a sementeira, cuidando dos canteiros em abril. Fomos para a lavoura em julho. Agora estamos chegando perto da colheita. O salário do produtor vai chegar só no ano que vem, quando começar a vender. As perdas no caminho vão ser verificadas quando o agricultor não colhe bem e não vende bem. É prejuízo para o comércio e outros setores, porque o dinheiro não vai circular”, enfatiza.

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