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Expedição

Caminhos do Tabaco: equipe já está em Mangueirinha pronta para a primeira visita

Equipe chegou nesse domingo a Mangueirinha, após percorrer 580 quilômetros

A Expedição Os Caminhos do Tabaco 2021 terá nesta segunda-feira, 8, pela manhã a sua primeira visita a propriedade rural. A equipe realizou ao longo do domingo o deslocamento pelos 580 quilômetros que separam Santa Cruz do Sul de Mangueirinha, município de 17 mil habitantes no Sudoeste do Paraná. Foram cerca de nove horas de viagem, com a chegada ao destino ao final da tarde desse domingo, 7. Após o pernoite nesta cidade, na manhã desta segunda-feira o primeiro produtor rural que recepcionará a comitiva é Lenon Souza, que se dedica ao cultivo da variedade Burley.

Depois de conferir os trabalhos na propriedade de Souza, a comitiva se deslocará na parte da tarde para o município de Prudentópolis, distante cerca de 200 quilômetros de Mangueirinha. Com população superior a 50 mil habitantes, Prudentópolis é mais uma localidade na qual a participação do tabaco é relevante na socioeconomia, e por isso será contemplada neste roteiro.

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O pernoite do grupo deve acontecer em Imbituva, de onde a expedição segue, nesta terça-feira, em direção a Pien, terceira etapa do percurso em território paranaense. De acordo com o jornalista Romar Beling, a expectativa da equipe é grande em relação ao contexto da produção de tabacos Virgínia e Burley nesta região do Paraná, uma vez que as últimas semanas foram de muita chuva em toda essa área.

Conforme Beling, que já integrou a expedição realizada no ano passado, uma das características muito marcantes do setor produtivo no Paraná é a união familiar. Em geral, irmãos costumam se auxiliar mutuamente em todas as tarefas relacionadas à lavoura e ao manuseio das folhas de tabaco, de maneira que todos os integrantes de um núcleo familiar trabalham juntos. Posteriormente, ao fazerem a comercialização de seu produto, dividem entre si o resultado financeiro de cada temporada.

Ao mesmo tempo, no Paraná o tabaco costuma ser uma das fontes de renda nas propriedades, em geral a principal delas, mas sendo conduzido em paralelo a outras culturas ou atividades. Com isso, essas famílias ostentam um alto grau de diversificação, e com a evidência de investimentos significativos em favor de sua qualidade de vida, tanto na moradia quanto nos demais bens disponíveis nas propriedades.

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Novas tecnologias para melhores resultados

A expectativa da expedição em 2021 é visitar ao menos dez propriedades rurais, selecionadas por seu perfil diferenciado, que permita constituírem um modelo, ou um exemplo, do que o tabaco proporciona e pode oferecer em termos de qualidade de vida. A diversificação rural, a adoção de novas tecnologias e de técnicas que favoreçam a proteção e a preservação ambiental, bem como a sucessão rural, são aspectos considerados.

A presença, em número crescente, de jovens, solteiros ou em casais, nas propriedades rurais do Paraná e de Santa Catarina foi uma das constatações da viagem realizada em 2020. A perspectiva é de que a renda gerada pelo tabaco siga atraindo cada vez mais essa parcela de público, que inclusive apresenta um forte nível de escolarização. Muitos desses jovens produtores possuem curso superior ou conciliam as aulas com a sua atuação no campo.

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No Rio Grande do Sul, além de um olhar para a presença do tabaco na região serrana do Vale do Rio Pardo, que também tem forte identificação com essa cultura, a expedição contemplará o Sul do Estado, hoje um dos mais fortes polos de cultivo da variedade Virgínia em âmbito de Brasil. Canguçu, Camaquã e São Lourenço do Sul apostam com muita ênfase nessa atividade, e devem ser visitadas na próxima segunda-feira pela equipe.

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A Expedição

A equipe da Expedição Os Caminhos do Tabaco 2021 é composta por Romar Rudolfo Beling (jornalista), Alencar da Rosa (fotógrafo), Giovane Luiz Weber (produtor de tabaco) e Alan Toigo (apoio técnico). O patrocínio é do Município de Santa Cruz do Sul, Sinditabaco, Unisc, Afubra e Philip Morris Brasil.

UM OLHAR DE PRODUTOR

Por Giovane Luiz Weber

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Direto do Sudoeste do Paraná

Olá, pessoal! Tudo bem? Eis que já nos encontramos no Paraná, mais exatamente na cidade de Mangueirinha, onde chegamos à tardinha desse domingo. Foram longas nove horas de estrada, que requereram muita atenção e paciência, percorrendo ora rodovias muito movimentadas, ora longos trajetos mais despovoados. Quem em algum momento fez essa viagem pelo Oeste de Santa Catarina e em direção ao Oeste do Paraná sabe bem da sucessão de paisagens e das peculiaridades dessas dezenas de cidades pelas quais se cruza. Assim, o domingo foi de muito bate-papo com o Romar, o Alencar e o Alan, para passar o tempo. Mas o tabaco e suas peculiaridades, bem como a sua evidente importância, sempre rendem muito sobre o que conversar e filosofar.

A visita à propriedade de Lenon Souza

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O nosso primeiro anfitrião dessa expedição, nesta manhã, será o produtor rural Lenon Souza, aqui mesmo em Mangueirinha. Ele é casado com a Jéssica e o casal tem os filhos Joaquim, de oito anos, e Lorenzo, de quatro (o quarteto está na foto abaixo, sendo que Lenon está segurando o Lorenzo). Lenon perdeu o pai, e sua mãe, dona Fátima, reside junto com eles, bem como sua irmã Tatiele e os sobrinhos Gabriel e Isadora. A propriedade se dedica ao cultivo de Burley, plantação que vamos conferir ao longo da manhã. Lenon me antecipou que as persistentes chuvas dos últimos dias atrapalharam a colheita do tabaco, dificultando trazer as plantas cortadas para casa, pois o Burley é secado a planta inteira pendurada no paiol, ao ar. E não só a colheita foi retardada como o tabaco colhido se ressente da falta de sol, para secar bem no galpão. Segundo ele, é mais do que certo que o clima resultará em qualidade inferior, bem como em perda no peso das folhas.

Produtor rural Lenon Souza será o primeiro visitado | Foto: Divulgação

À tarde, a parada será em Prudentópolis

Depois da visita à propriedade de Lenon Souza, a parada seguinte será no município de Prudentópolis, perto de Guarapuava, onde vamos conhecer, na localidade de Palmital, o ambiente de produção da família de Tiago Vecelovicz. Segundo me antecipou Tiago, onde ele mora, cerca de 90% das famílias têm no tabaco a sua principal fonte de renda. Ele planta em torno de 40 mil pés e ainda cultiva soja, milho e feijão. Depois de conferir sua realidade produtiva, pernoitaremos em Imbituva e de lá seguiremos para Piên, onde, além de fazer visita a propriedade rural, ainda conversaremos com o deputado estadual Emerson Bacil.

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