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Economia

Santa Cruz registra redução na inadimplência neste ano

Foto: Alencar da Rosa

O número de inadimplentes em Santa Cruz do Sul caiu em 2021. Até 22 de fevereiro, 781 pessoas foram incluídas na lista de maus pagadores. No ano passado, entre janeiro e fevereiro, foram 1.010. Considerando que faltam cinco dias para o fim do mês, o volume se apresenta reduzido neste ano.

A exclusão de nomes da lista negra também terá queda. Até 22 de fevereiro, 943 pessoas haviam se livrado das dívidas. Em 2020, entre janeiro e fevereiro, 1.177 conseguiram honrar os compromissos. As consultas ao sistema chegaram a 3.480 até o último dia 22. Em 2020, foram 5.092 no acumulado de janeiro e fevereiro. Os números são baseados em relatório da Boa Vista Serviços (CDL Porto Alegre).

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De acordo com o presidente do Sindilojas Vale do Rio Pardo, Mauro Spode, a maioria dos registros ocorre no início do ano, após as compras de Natal. A tendência, segundo ele, é de aumento até março, com o clima de insegurança no mercado de trabalho por causa da pandemia e incertezas sobre o auxílio emergencial do governo.

Um ponto positivo, conforme Spode, é o pagamento do Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). “Muitas famílias poderão quitar as dívidas que ficaram do ano passado ou de anos anteriores”, salienta.

Novas restrições

O comércio enfrenta restrições com a mudança de bandeira. Para Mauro Spode, o fator mais importante é a possibilidade de as lojas estarem com as portas abertas. “Completamos um ano de pandemia e muitos empresários ainda não se recuperaram. Hoje (quarta-feira, 24) tinha um clima de ressaca no Centro. Poucas pessoas na rua. Mas o mais importante é que as lojas não fecharam novamente”, salientou Spode.

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No estado, endividamento cresceu

Segundo apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos consumidores gaúchos (Peic-RS), é crescente o percentual de famílias endividadas no Rio Grande do Sul. Em janeiro, de acordo com a Fecomércio, 72% das famílias gaúchas relataram possuir dívidas. Em dezembro de 2020, o indicador era de 71,6%; e em janeiro do mesmo ano, de 65,1%.

O percentual de famílias que disseram ter contas em atraso passou de 26,4% em dezembro passado para 25,8% em janeiro. Comparando com janeiro de 2020 (29%), a queda é ainda mais evidente. Já o percentual de famílias que não terão condições de quitar suas dívidas em atraso nos próximos 30 dias apresentou uma queda: de 9,6% em dezembro de 2020, passou para 9,3% em janeiro. Em janeiro do ano passado, esse indicador era de 13,5%.

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O comportamento da inadimplência desde o início da pandemia é resultado da combinação de uma série de fatores, com destaque para os programas de manutenção da renda e de emprego e a redução do consumo. Vale citar ainda a ação coordenada do sistema bancário, que evitou que indivíduos com históricos positivos de adimplência virassem inadimplentes em razão da crise econômica derivada da pandemia.

A chegada da pandemia teve inicialmente uma dinâmica distinta entre os grupos de renda. O percentual de famílias endividadas que recebem até dez salários mínimos de renda mensal, praticamente, manteve uma crescente que culminou no pico de 76,8% em outubro do ano passado. Agora, o número se mantém próximo desse patamar (75,0% em janeiro de 2021), mesmo que com as quedas recentes. Já as famílias que têm renda superior a dez salários mínimos tiveram forte retração no endividamento desde o começo de 2019. No entanto, depois de atingir o menor valor em maio de 2020 (43,6%), o percentual vem crescendo. Em janeiro deste ano, o indicador registrou 59,6%.

“Ainda assim, até agora, os indicadores de inadimplência estão bem comportados. No entanto, é preciso ter em conta que uma série de ações, tanto na área trabalhista quanto da assistência social, bem como iniciativas do setor bancário, ajudaram a desenhar um quadro de inadimplência controlada como o que vivemos. Para que ela não cresça, como ocorre nas crises, precisamos manter a renda das famílias, e isso só se faz com a economia funcionando, gerando empregos. Por isso é tão fundamental avançarmos na campanha de vacinação”, avalia o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

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