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Pandemia

Saúde diz que Ginásio Poliesportivo não possui estrutura de hospital

Foto: Rafaelly Machado

Estrutura de macas montada no ano passado já foi removida da quadra do ginásio, que funciona somente como ambulatório

Ao atingir o maior volume de atendimentos no Ambulatório de Campanha desde o início da pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde reforça que a estrutura montada no Ginásio Poliesportivo não teria capacidade de ampliar o atendimento aos doentes mais graves contaminados pela Covid-19. A pasta ressalta que a ampliação das áreas clínicas e de UTI Covid nos hospitais Ana Nery e Santa Cruz, feitas em parceria com o Município, foi a alternativa encontrada para fazer frente ao número crescente de casos da doença.

A explicação para a decisão (de encaminhar aos hospitais os pacientes com estado clínico mais delicado) vem da dificuldade de ampliar o quadro de profissionais de saúde. Segundo a prefeita Helena Hermany (Progressistas), nem mesmo o atendimento em regime de 24 horas no ambulatório é possível por causa da carência de profissionais de saúde. “Tudo o que foi possível e necessário foi feito. Aumentamos os leitos da UTI no Ana Nery de nove para 22, e também a capacidade no Hospital Santa Cruz, de seis para 26, em leitos clínicos exclusivos para Covid”, salienta.

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Terça-feira foi de muita procura junto ao chamado Arnão, que funciona como ambulatório de campanha | Foto: Rafaelly Machado

A chefe do Executivo diz que é necessário ampliar agora a consciência coletiva dos santa-cruzenses, de que o vírus é contagioso e pode ser fatal a uma parte dos pacientes. “A situação está perigosa em Santa Cruz do Sul. Quem não precisa, que não saia para a rua. Vamos cortar a circulação do vírus, que anda de avião a jato, enquanto as vacinas chegam de carroça”, apelou Helena.

A diretora de Ações Especializadas em Saúde, Caren Lara Martins Picasso, confirma que a procura pelo ambulatório cresceu, assim como o agravamento dos sintomas dos pacientes. Durante todo o mês de janeiro passado, 799 pessoas foram atendidas no local. “Estávamos cogitando até a redução da equipe, porque a quantidade de acessos tinha diminuído”, afirma. No entanto, no mês passado foram atendidos 1.806 pacientes. É o maior volume desde o início da pandemia, maior do que em julho do ano passado, quando foram prestados 1.486 atendimentos, e em agosto, com 1.641, quando se acreditava que o pico de contaminação havia sido atingido. “O perfil também mudou. Antes, os pacientes que chegavam ao ambulatório tinham sintomas leves. No último domingo, cinco pessoas tiveram de ser encaminhadas, com oxigênio, para os hospitais”, complementa Caren.

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DANIELA: “NÃO TINHA CONDIÇÕES”
A secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, conta que o Ambulatório de Campanha nunca teve uma estrutura semelhante àquela ofertada nos hospitais de Santa Cruz do Sul. Segundo ela, a área do ambulatório é a porta de entrada para o atendimento de pacientes da Covid-19. Porém, a estrutura inicial com macas e divisórias, criada no ano passado, não teria condições de receber pacientes clínicos em internação. “Nunca foi um hospital, não tinha condições de atender além do ambulatório. Nós escolhemos ampliar a capacidade dos hospitais e levar para aquele ambiente os pacientes que necessitam de internação”, frisa. A Secretaria da Saúde ainda disponibilizou cinco postos, chamados de Unidades Sentinela, para atender melhor a população, e com horário estendido até as 19 horas.

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A estrutura montada junto ao ambulatório possuía apenas um respirador, que tinha sido recebido em empréstimo do Hospital Monte Alverne. “Achamos muito mais eficaz encaminhar pacientes para os hospitais, que é onde estão os profissionais da área da saúde”, complementa.

O Ambulatório de Campanha segue funcionando junto ao Poli, no Parque da Oktoberfest, das 7 horas à meia-noite. A entrada para o atendimento ocorre pela Avenida Independência, pelo portão 7.

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