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Coluna da Renata

Falar de sexo?

O sexo, há muitas décadas, era algo ligado estritamente ao fórum íntimo e privado. Qualquer expressão pública de afeto era reprimida, o pudor era elevado. A sexualidade mudou! Atualmente se fala, se lê, se ouve e se vê muitas coisas relacionadas a sexo. Afinal o que é sexo?  As crianças fazem muitas perguntas assim e os adultos, às vezes, ficam sem saber o que responder. Por quê? Ainda está presente em algumas famílias, na nossa sociedade, que falar em sexo é proibido. O assunto ainda é tabu para os adultos, porém muitos jovens falam com naturalidade sobre o tema.  Além disso, percebemos comportamentos e atitudes relacionados à sexualidade de forma mais aberta e visível.                                               

Esta constatação não é novidade para ninguém e tem se visto e vivido diariamente essas transformações. Muitos devem estar pensando neste exato momento: “mudou para muito pior”. Fato é que muitas das mudanças foram negativas, mas por outro lado também obtivemos transformações boas. Vamos refletir um pouco sobre estas instigantes e novas formas de ver essa “nova” sexualidade.

Como mudanças negativas podemos começar pela banalização da sexualidade através da visualização de cenas eróticas/sexuais até mesmo demonstrações mais explícitas de sexualidade, nas ruas, nas festas, nas escolas e principalmente da mídia. Não existem mais horários e idades apropriados. A sexualidade é exposta a qualquer hora e de maneira um tanto quanto vulgar, destituída de afeto.

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Outra questão é a chamada ditadura do sexo. Muitas informações que aparecem em revistas femininas e outras masculinas sobre a vida sexual levam a uma falsa versão do que é importante e deve ser feito, como por exemplo: a frequência sexual tendo que ser alta. Na quantidade de orgasmos que precisam ocorrer sempre, não ter desejo sexual é problema. Por estas informações, a atividade sexual está se desviando da naturalidade para o ter que ser assim. Mulheres e os homens passam a se cobrar mais, o que pode gerar frustações, insatisfação e  sofrimento. Outro fato é a precocidade da iniciação sexual que tem ocasionado consequências como gravidez inoportuna e doenças sexualmente transmitidas nos adolescentes.  

Temos também que analisar mudanças positivas, como poder falar em sexo. A educação sexual está presente em algumas escolas. Agora podemos conversar, tirar dúvidas, ter mais acesso a informações científicas, aprender mais sobre os temas referentes à sexualidade e desta maneira temos a chance de ter uma vida sexual prazerosa e saudável. Por exemplo, o direito a sentir e demonstrar prazer. Essa possibilidade era negada às mulheres até a metade do Século 20.

Além disso, as mulheres têm acesso a métodos anticoncepcionais, o que as liberou para a prática sexual e escolher se querem procriar. Em relação aos homens, podem dividir o sentir e o dar prazer. Outro fato positivo foi o crescimento e a divulgação de conhecimentos científicos e acesso a informações corretas. Poder mostrar a importância de autoconhecimento corporal e a exploração de sensações sexuais no corpo como um todo. Explicar que saúde sexual está longe da genitalização e valorizar a prática sexual em seus aspectos físicos corporais, com sentimentos e afeto, ao lado de uma convivência social com leis que protegem contra manifestações de desrespeito e agressões.

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 O que fazemos com isso? Vamos aproveitar as mudanças boas, explorá-las! Com relação às ruins e negativas, vamos aos poucos mudá-las. A busca de conhecimentos é o caminho para se construir um mundo mais saudável!

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