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Direto da redação

Férias líquidas

Confesso que, na primeira versão que escrevi desta coluna, cometi a ousadia de amaldiçoar São Pedro, a quem é atribuída, tradicionalmente, a função de controlar o clima.  Andei aborrecido com ele, por conta desses disparates que vêm cometendo neste verão. Ora, marquei minhas férias para janeiro confiando nas previsões meteorológicas que falavam em um começo de ano seco e quente, “típico de verão e propício para atividades ao ar livre. ” Porém, como bem apontou o Fernando Barros na charge da Gazeta do Sul de ontem, São Pedro tem mandado tanta água que poderia dar uma consultoria à Corsan.

Não contente em mandar chuva, São Pedro fez algumas traquinagens nos últimos dias. Houve momentos em que deixou escapar um solzinho, entre nuvens carregadas, para nos encher de boas expectativas. Aqui em casa, cada filete de sol era a senha para o início de uma mobilização. As crianças corriam em busca de suas bicicletas, patins ou boias de piscina. Mas bastava passarmos pela porta e ela, a chuva, estava de volta. Não é verdade, São Pedro? Ou negarás?

Nos primeiros dias de chuva e reclusão domiciliar, a tecnologia foi uma aliada. Os jogos instalados nos tablets ocuparam – e acalmaram – a garotada em casa. Mas, como dizia o filósofo Zygmunt Bauman, que nos deixou esta semana, vivemos tempos líquidos, de mudanças rápidas e de pouco apego. E, diante de tantas opções na Play Store, a graça dos joguinhos logo fluía para longe e as crianças acabavam perdendo mais tempo procurando outros do que jogando.

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Mas, quando as férias pareciam perdidas, quando eu já tinha pronta uma versão desta coluna blasfemando contra Simão Pedro, eis que surge esta quarta-feira maravilhosa, acompanhada de previsões bem otimistas em relação a esta quinta e à sexta-feira. Foi o indulto para minha turminha. Foi a volta dos mergulhos das meninas na piscina e do futebol do Júnior com os amigos. São Pedro, estamos juntos.

Também não posso dizer que este período foi, de todo, ruim. Imagino que tenha sido bom para a agricultura. Aqui em casa, os pimentões e os tomates se desenvolveram com velocidade espantosa nestes dias de chuva intercalada com sol e calor. Também quero crer que a chuva tenha amenizado um pouco a situação de quem não tinha água no chuveiro para espantar o calor.

Particularmente, também aproveitei este período para adiantar mais um projeto literário em que estou metido. Trata-se de um livro em tom mais geek, com uma história que envolverá games, youtubers e doses generosas de ação. Quem tem sido um grande parceiro nesta empreitada – além da chuva – é o Dudu Moura, jovem youtuber que mora em Vera Cruz e vem se aproximando da marca de 2 milhões de inscritos em seu canal. Mas, por enquanto, isso é tudo o que posso contar. Interessados terão que esperar pelo livro, que deve sair em breve – se o tempo colaborar.

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