A maior glória do esporte em Santa Cruz do Sul foi protagonizada pelo Corinthians, na conquista do título nacional de basquete em parceria com a Pitt em abril de 1994. Ficou para a história. E se… E se outra glória fosse protagonizada pelo esporte gaúcho na próxima quarta-feira, e também envolvesse um Corinthians? Nesse caso, com um Corinthians sendo derrotado.

Sonhar não custa nada, já diz o ditado, mas do Avenida, do Nida, do Avenidinha, do Periquito, é bom que nunca, mas nunca ninguém duvide. À primeira vista, é natural que pareça uma missão (quase) impossível. Afinal, trata-se do Coringão, multicampeão, dono da segunda maior torcida no País, com cerca de 14% da afeição de todos os torcedores do futebol no Brasil, segundo o Datafolha. Além disso, pelas circunstâncias da tabela, o confronto entre o Corinthians-Golias e o Avenida-David acontecerá na terra dos gigantes, a Arena Corinthians, popular Itaquerão. Tudo parece sinalizar para o sucesso do time da casa.

Mas. Sempre tem um “mas” no destino. Não foi uma nem duas vezes que um pequeno David, esperou, se precaveu, então mirou bem e arremessou a pedra direitinho, com maestria, na testa de Golias. Os que cuidam do reino de David, nosso querido Avenidinha (a começar pelo presidente Jair Eich e pelo Guilherme, e em especial pelo técnico Fabiano Daitx, cuja estratégia funcionou melhor do que a encomenda contra o Guarani, bem como toda a equipe, com sua capacidade de resiliência, superação e persistência) sabem que milagres acontecem.

E não são apenas milagres. São o resultado de trabalho, concentração, determinação, mentalização. A pequena torcida do Avenida está mentalizando. Passará o final de semana mentalizando. Terá, no final deste sábado, ainda a pedreira que é o São Luiz, em Ijuí, partida igualmente vital para as pretensões do ano. A do gigante Coringão, essa estará às voltas com o superclássico contra o arquirrival São Paulo, às 19 horas deste domingo. Mal lembrará do Avenida.

Não tem problema. Quarta que vem será devidamente apresentada ao Periquito. E vale informar à turma dos Gaviões que o Periquito tem suas estratégias. Pode não ter as garras tão afiadas, mas fica no bico, e é até muito amigo do Canarinho, é o que dizem por aí. Veremos, veremos… Até porque tenho convicção de uma coisa: quem duvida do Avenida, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça, ou doente do pé. E se é para entrar no ritmo de Carnaval, vamos emendar com mais uma paródia: “Lá vou eu, lá vou eu, hoje a festa é do Avenida; / na Copa do Brasil, feliz eu vou de bem com o Nida, lá vou eu.” Voa, Periquito, voa! O Brasil é teu!