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ESTAÇÃO AMANHÃ

A Fiel do Periquito

A sociedade por vezes tenta convencer-nos, de maneira um tanto apressada, de que a vida é dos que vencem. Ou, mais ainda, que a própria história é a versão dos vencedores. Quem acredita piamente nessa “versão” obviamente esquece que a vida jamais poderia ser feita só de vitórias. Todos um dia ganham e no outro perdem, ou de forma alternada, ou em sequência. A vida, na verdade, talvez seja dos que tenham um projeto. Porque, independentemente de até onde queiram ou consigam chegar, tiveram um objetivo, e estarão realizados com o que conseguirem concretizar. Até porque sonhar se sonha várias vezes numa única noite, e sempre há só um dia para tentar realizar a todos, de forma que alguns precisarão ser abandonados, ou adiados.

O que é mesmo ganhar ou perder? Tome-se por base o Avenida – que, aliás, vem de três derrotas, para São Luís, Corinthians (!) e Inter (!). Antes disso, perdeu para o Grêmio (!) e venceu o Guarani (!). O Avenida, ali do bairro, disputou em jogos sucessivos nos finais de semana e no meio de semana um recorte do que seria a Série A do Brasileirão. E alguns dos adversários estavam atuando só no fim de semana, tendo, assim, a semana inteira para se preparar a fim de encarar o Nida. Acontece que o Avenida anunciara que tinha planos. Projetos de voos maiores. Veio o quarto lugar no Gauchão, e veio o título da Copa Wianey Carlet. O clube, pela primeira vez na história, assegurou presença na Copa do Brasil e na Série D do Brasileirão.

A campanha no Gauchão não está exatamente uma maravilha, mas também pudera! O clube de bairro, por conta do projeto que montou lá no passado, de repente precisou se ajustar a uma logística nacional! O Periquito voou para São Paulo. E encarou a turma da Gaviões da Fiel. E de repente o Brasil inteiro torceu para o Avenida! Em campo o Nida perdeu. Talvez nem pudesse ser de outra forma, por mais que tenha dado um sufoco enorme ao Coringão. Passasse, teria a bela cota da terceira fase. Mas dificilmente aguentaria o repuxo do calendário, sabemos disso.

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O Nida perdeu quando podia perder. Aquela era a hora. Estar lá já era a grande vitória. Repararam no noticiário nos dias seguintes? Não deu mesmo a impressão de que quem saiu vencedor no Itaquerão foi o Avenida, e não o Corinthians? Isso é a verdadeira vitória na vida. O Avenida precisava focar no Gauchão. Sonhou alto, chegou lá. Agora deve sonhar com a permanência no Gauchão, e, por que não?, inclusive em se classificar. São três jogos, três finais. Basta projetar os pontos que quer e precisa. Quem duvidará desse Avenida?

Eu, jamais. E resta uma partida em casa na primeira fase: a torcida deve vibrar como se o oponente fosse de novo o Guarani. Com gol nos acréscimos, que seja. O adversário da única partida a cumprir em casa? O São José, de Porto Alegre. Desde já a turma da Fiel do Periquito manda avisar: na Rua São José tem Nida!

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