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Conversa sentada

Ano-Novo, o outro lado

O Criador, embaralhando seus algoritmos, implantou chips em todos os animais, inclusive nos humanos. Foi distribuindo as cartas, dando para uns a força, para outros uma inteligência matemática, para poucos deu o presente do ouvido absoluto, cada ser vivo tem seu dom escondido. Não creio que só os que publicam livros devem ter atenção, mas também quem escreve com simplicidade. Quando se sai da redoma que é o círculo familiar ou profissional, se descobre muita gente interessante. Uso o Uber frequentemente. Meu carro, só para viajar e creio que no futuro viajarei com automóvel alugado. Nas pequenas viagens de Uber já tive papos muito interessantes e até eruditos com os motoristas. Enfim, hoje vou dar a palavra a um porteiro de edifício que é meu quebra galho para quase tudo há muitos anos. 

MENSAGEM DO MEU AMIGO CATARINO KOUSKE TANDEM

Olá Seu Ruy! Ano passado saí com minha família de Porto Alegre para conhecer Floripa e passar a virada. No meu Fiat 147 rebaixado, fomos minha mulher, nosso filho de 14 anos, o Pericsson, mais a namorada dele, a Jessyely, de 13. Até Torres foi tudo mais ou menos, pois só levamos 5 horas.

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Depois a coisa ficou como nos casamentos – piorando e piorando. Os dois adolescentes ficaram “aborrecentes” porque seus tablets estavam sem acesso e eles queriam se atirar para fora. Mas como eles tinham a reação típica de um viciado sem seu crack, ministrei-lhes doses de gritos. E uns tabefes. Quando vimos a placa da Praia das Rosas, decidimos visitar seu camping. De longe sentimos aquilo que consta no livro O Perfume sobre Paris: cheiro de cocô. Ao chegarmos, nos disseram que há cinco dias faltava água. Voltei à BR-101 e em tudo o que era posto que eu parava, não tinha gasolina. Já desesperado, parei num posto para dormir dentro do carro, mas um rapaz me arrumou a gasolina. Para lhe encurtar a coisa, ao chegar em Floripa errei os caminhos, queria ir para Canasvieiras e acabei parando na parte sul, no aeroporto. Que lugar mais complicado. Entrei num boteco e não tinha mais água mineral. Fiz o seguinte: dei volta e retornei ao sul e em Torres peguei a Estrada do Mar. Em Osório, vislumbrei uma lagoa perto da estrada. Ali armei nossa barraca. O problema foi o calor e os mosquitos.

De agora em diante, nosso programa da virada vai ser parar na ponte estaiada perto do Grêmio para tirar fotos, ir para onde está a estátua do gaúcho laçador para ver os aviões subindo e descendo e pegar o Trensurb para visitar o túmulo do Padre Reus. Mas não tem lugar melhor que a casa da gente, né? Feliz Ano-Novo, Seu Ruy!
 

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