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CONVERSA SENTADA

Fases da vida – II

Vocês devem se lembrar que depois de um probleminha com um colega num jogo de futebol, mas que terminou sem mortos e feridos, o desembargador Fernando Mottola me presenteou com uma raquete absolutamente inédita. Não era de madeira, nem de alumínio. Era uma substância a mim desconhecida, resistente, leve. A marca era Kneissl, de procedência austríaca. 

Até então eu jogara com raquetes rústicas, sem professor nem nada. Por via de outras convicções minhas, como: tens que ter professor para tocar um instrumento; tens que ter professor para melhorar teu idioma, achei de bom alvitre procurar um instrutor de tênis. Na ocasião, eu era juiz em São Leopoldo. Me associei ao Tênis Club e procurei o professor.

Tadeu Morales, que agora mora em Canela.

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Pediu que eu batesse uma bolinha com ele. Depois de minutos, me disse: “está tudo errado, esquece tudo o que jogaste até agora. Vamos começar do zero. No início vais perder até para bebês”.

Foram lições maravilhosas. Também aprendi que, de tempos em tempos, há que se fazer uma “clínica” no tênis para sanar os vícios e os desvios das batidas.

Como já disse em crônicas anteriores, o tênis tem éticas muito salutares a que nem todos obedecem, o que é uma lástima. Cada um marca na sua quadra, mas na dúvida decide pelo opositor, e por aí vai. Quem vem do futebol para o tênis depois de certa idade tem que se antenar. No tênis não pode ser tolerado o embuste, como é comum no futebol. É jogo para pessoas sérias.

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Agora estou mais tempo em Xangri-Lá do que em Porto Alegre, e aqui é um lugar de excelentes quadras, com muita gente aposentada.Temos a Saba, com três quadras perfeitas, cobertas, sem contar as dezenas de condomínios fechados. Formamos um grupo de Whats e jogamos em dias alternados.

Eu tinha me decidido a parar de jogar tênis aos 70 anos e migrar para o golfe.

Em Xangri-Lá há um clube de golfe e pensei em me associar.

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Acontece que estou no peso normal e, como já falei, o único remédio contínuo que tomo é vinho tinto, chileno ou argentino, e acho que vou protelar meu desembarque no golfe.

Minha mulher é tenista, meu filho Rudolf também. Minha filha Milène, que é juíza em Tramandaí, mas mora em XangriLá, também joga, bem como seu esposo.

Finalizando: nas duplas nunca reclame de seu parceiro. 

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As autoridades deveriam deixar livres os jogos de duplas, simples e aulas de tênis sem aglomeração.

Tenistas sabem se cuidar! Não criem obstáculos para as crianças e os adolescentes. Fiquei com uma pulga atrás da orelha.

Um amigo meu, alemão, me disse que golfe vicia mais que tênis. Será?

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>>> Leia colunas anteriores de Ruy Armando Gessinger.

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