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CONVERSA SENTADA

Pobre do nosso rico dinheirinho

A propósito de minha coluna anterior recebi vários e-mails, entre os quais os de dois grandes amigos. Ambos de famílias tradicionais. Um é o Cláudio Spengler.

“Ruy, sempre leio tua coluna, gosto muito, pois sabes relatar bem assuntos agradáveis e teu passado aqui em Santa Cruz. Os amigos que aqui fizeste, e eu me considero um deles, pois através do Guido K. te conheci lá no saudoso Recanto Xangrilá. Joguei Tênis dos 12 aos 37, depois fui para o Golfe, te digo que é mais que uma cachaça, no nosso Country Club temos vários ex-jogadores de tênis, mas no Tênis Club não encontrarás nenhum ex-golfista…”

Já o meu amigo Ruben Kraether pensa que enquanto der tem que se ficar no tênis.

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Então vou pensar bem. A natureza há de decidir.

Ando preocupado com o desperdício de minhas economias. Sempre fui muito cuidadoso com meus dinheirinhos que obtive com suor e noites mal dormidas. Durante algum tempo, ao sair de Santa Cruz, aos 17 anos, não digo que passei fome, mas quase.

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A vida é assim, a gente vai trabalhando sério, se poupa dos prazeres imediatos da vida, para usufruir mais tarde. Sempre disse não aos pedidos consumistas dos meus filhos. E hoje me agradecem, conquanto que um ou outro estranhe eu ser tão pão duro. Claro que hoje tenho conforto, mas à custa de muitas renúncias e também muita sorte.

Cada pila que eu economizei tem minha gratidão. Ocorre que algumas moedas que recolho aos tesouros públicos têm um fim dramático.

Vejamos o Bolsa Família. Que encantador, que bela iniciativa. Não é o Estado que paga: somos eu e você, leitor. O Criador há de nos abençoar. Mas é só entrar em registros de cidades, principalmente médias e pequenas, e se descobre às vezes que nosso tributo foi para a conta da esposa de um funcionário que ganha bem.

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Agora, com a chegada do “auxílio emergencial”, andei olhando listas de quem recebeu e lá estão nossos pilas para alguns que não se enquadram nos requisitos.

Enfim, vamos relembrar que o Estado não produz dinheiro. Este vem do agro, do comércio, da indústria, e assim vai. Acho uma sacanagem alguém ir buscar R$ 600,00, quando ganha bem e não se preocupa em poupar. Saliento que de maneira alguma critico os programas sociais aos desvalidos. Em princípio, são necessários.

Talvez merecessem mais critério. Mas aí entra a politicagem. Aos poucos estou me desencantando com algumas pequenas cidades que se emanciparam sem nenhuma condição de sobrevivência. Nem hospital têm e levam os doentes para as cidades médias e grandes, que ficam repletas.

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Algo está muito errado.

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