Com o uso de um bastão e instrumentos milenares formados por sete metais, o santa-cruzense Augusto Genehr, 28 anos, encontrou o seu caminho. Mais do que gostar do que faz, o jovem hoje trabalha com o equilíbrio a fim de tornar harmonioso o vínculo entre organismo, corpo físico, espiritualidade e natureza. É por intermédio da vibração emitida pelas chamadas taças tibetanas que o agora o terapeuta holístico auxilia aqueles que buscam acalmar os pensamentos, sobretudo, ampliar de forma positiva o modo como encaram a relação ser-estar no mundo. “A intenção não é fugir dos problemas, mas sim reorganizar as ideias e se conectar consigo mesmo”, explica. 

A terapia, que pode ser aplicada por meio de meditação coletiva ou massagem sonora (atendimento individual), é indicada a qualquer pessoa e não exige pré-requisitos ou capacidade de concentração específica. Basta se permitir e buscar, com a ajuda dos sons graves e agudos, o vazio. Estado que proporciona, segundo Genehr, o aumento da criatividade e motivação para alcançar objetivos pessoais. “Tem pessoas que nunca meditaram na vida e que, ao ouvir o som das taças, conseguem eliminar quase 100% dos pensamentos. Pode-se dizer, portanto, que a vibração delas serve como atalho para despertar a inteligência intuitiva e o autoconhecimento.”

Para alcançar o estágio em que une esforços a fim de auxiliar as pessoas a superar desafios, medos e até traumas, o processo não foi fácil. A transformação pessoal exigiu que o então jovem com 21 anos enfrentasse uma crise de questionamentos sobre o caminho que estava seguindo para, então, “despertar”. Entre as mudanças de perspectivas esteve a adoção da vida vegetariana, além da desistência do curso de Publicidade e Propaganda e do trabalho como designer gráfico para apostar em outro segmento: a terapia holística. “Precisei ser firme, afinal, nem mesmo a minha família entendia esse processo. Mas tudo aconteceu de forma muito aberta para, enfim, descobrir que era isso.”