Quem for até a Casa das Artes Regina Simonis (Marechal Floriano, 651) nos próximos dias vai poder conferir os trabalhos desenvolvidos este ano no atelier da artista plástica Márcia Marostega. São pinturas dela e de 25 de seus aprendizes. O conjunto dá nome à coletiva: Memória: a Imagem das Palavras. Dentro dessa proposta, os artistas buscam representar as recordações de momentos marcantes de suas vidas, geralmente influenciados por elementos específicos da arte em geral, como a literatura e a música, bem como por lembranças da infância e da família.

Márcia considera que a arte é um exercício da memória. “Nós vivemos as nossas memórias. No dia a dia, nas conversas, nas histórias que contamos, nas relações familiares, nas amizades, no trabalho… A lembrança do que somos ou fizemos é nossa matéria-prima, nossa base de criação e de aprendizado.” Para ela, ao escolher um tema que lida com a complexidade e a particularidade das nossas recordações, “estamos compartilhando um pouco de nossas experiências de vida por intermédio de nossa arte, de nossa técnica, de nossas ideias e de nossas convicções”.

A visitação pode ser feita até o dia 2 de dezembro, e os trabalhos estão disponíveis ao comércio. A Casa das Artes funciona de segunda a sexta, sempre das dez ao meio-dia e das 13h15 às 17h15, e aos sábados, das 10 às 17 horas. A promoção é da Associação Pró-Cultura, com o apoio Clip.Graffite e Xalingo.

ARTISTAS

Cristina Eidt, Cynthia Scanavino, Eduarda Boettcher, Elusa Borowski Morsch, Eli Lawisch, Ilse O’Meagher, Isaura Veloso Fernandes, Joana Zanon, Jorge Malasquez Negron, José Arlei Cardoso, Leonice Vogt, Márcia Marostega, Maria De Fátima Werlang, Marília Martin, Maura Tybusch, Miriam Schneider, Nair Rohde, Regina Da Luz, Sidônia Alice Schoeninger, Silvani Gassen Dal Forno, Solange Pereira, Tânia Valentini, Traudi Meurer, Vera Barreto, Virgínia Heitling e Zelia Coletti Ohlweiler.

DELICADO

Entre os escritores referenciados na mostra está o poeta Romar Beling, da Editora Gazeta. O seu livro mais recente, A felicidade de estar vivo, tocou a artista plástica Ilse O’Meagher. Inspirada no poema Teus nomes, ela construiu a tela homônima. “Deparei-me com versos delicados e ao mesmo tempo profundos e amorosos”, justificou ela.