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Cinema

Anunciados os vencedores do Globo de Ouro 2020

1917 surpreendeu e levou o prêmio de melhor filme de drama, além de melhor direção para Sam Mendes

por Luiz Carlos Merten/AE
Especial para o Mix

Desde o anúncio de indicados para a 77ª edição dos prêmios da Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, parecia que o Globo de Ouro de 2020 ia fazer história. Os recordistas de indicações foram todos filmes produzidos pela Netflix: História de Um Casamento, O Irlandês e Dois Papas. A gigante de streaming ia arrasar a concorrência de Hollywood? Não para a imprensa estrangeira, que atribui seus prêmios desde 1944, no início somente para o cinema, depois também para a TV. Martin Scorsese, com O Irlandês, talvez tenha sido o grande derrotado da festa. Não levou nada.

Com seis indicações, o longa autobiográfico de Noah Baumbach sobre seu complicado processo de divórcio rendeu a Laura Dern a estatueta de melhor atriz coadjuvante. Os melhores foram filmes produzidos pelos grandes estúdios, no sistema tradicional. Quentin Tarantino venceu o prêmio de roteiro e agregou o melhor filme de comédia ou musical por Era Uma Vez… em Hollywood. Desde Pulp Fiction, de 1995, Tarantino tem sido um recorrente vencedor de prêmios de roteiro.

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Brad Pitt foi melhor coadjuvante pelo filme de Tarantino e agradeceu ao homem, ao mito, à lenda. A Associação atribuiu o prêmio de direção para Sam Mendes, pelo extraordinário plano-sequência que dura todo o seu épico de guerra, 1917.

O filme foge ao que era a grande tendência do ano que passou – a revolta dos excluídos –, sinalizada em Cannes com a vitória de Parasita, de Bong Joon-ho, na Palma de Ouro, e confirmada em Veneza com o Leão de Ouro para Coringa, de Todd Phillips. Mas é um imenso filme, pelo desafio estético, pela potência narrativa, pela humanidade dessa história que percorre um ciclo e começa e termina com o repouso do guerreiro sob uma árvore. 1917 venceu como melhor drama e foi um sério revés para as aspirações da Netflix. A noite de triunfo da operadora de streaming virou fiasco.

Coringa, outra produção do cinemão – da Warner –, venceu nas categorias trilha e melhor ator para Joaquin Phoenix – talvez o prêmio mais esperado da noite. Joaquin é brilhante como o arqui-inimigo do Batman. O longa, na contramão dos blockbusters por seu intimismo dilacerado, é realmente excepcional. O ator foi generoso – disse aos colegas preteridos nas categoria que nunca houve disputa entre eles. Era só uma forma de incrementar a bilheteria dos filmes. Se a sua vitória era esperada, a de Taron Egerton, como melhor ator de comédias ou musical, por Rocketman, foi outra apoteose. Na plateia, Elton John não escondia o entusiasmo.

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OUTSTANDING
A premiação, apresentada por Ricky Gervais, começou com os indicados (e premiados) de séries. Primeiro vencedor da noite, Ramy Youssef foi premiado como melhor ator de série de comédia ou musical por Ramy. Sucession, da HBO, venceu como melhor série de drama. Phoebe Waller-Bridge venceu como melhor atriz de série de comédia ou musical, por Fleabag.

Ellen De Generes recebeu o Carol Burnett Award, por sua outstanding contribuição à TV e pelo pioneirismo por se expor como gay e lésbica numa época em que ainda havia preconceito na indústria. “O bom de ganhar um prêmio especial é que a gente sabe que vai ganhar. Não passa pela tensão que vocês estão sofrendo”, disse sobre os colegas indicados.

Uma prévia do Oscar?
Confira aqui a lista com os nomes dos vencedores do Globo de Ouro 2020:

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MELHOR ATOR DE DRAMA, CINEMA: Joaquin Phoenix, por Coringa MELHOR ATRIZ DE DRAMA: Renee Zellweger, por Judy
MELHOR FILME COMÉDIA OU MUSICAL, CINEMA: Era Uma Vez em Hollywood
MELHOR ATRIZ DE COMÉDIA OU MUSICAL, CINEMA: Awkwafina, The Farewell
MELHOR ATOR DE COMÉDIA OU MUSICAL: Taron Egerton, Rocketman MELHOR SÉRIE DE DRAMA: Sucession
MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL: Fleabag
MELHOR ATOR DE SÉRIE, DRAMA: Brian Cox, por Sucession
MELHOR ATRIZ DE SÉRIE, DRAMA: Olivia Colman, The Crown
MELHOR ATOR DE SÉRIE, COMÉDIA OU MUSICAL: Ramy Youssef, por Ramy MELHOR ATRIZ DE SÉRIE, COMÉDIA OU MUSICAL: Phoebe Waller-Bridge, por Fleabag
MELHOR ROTEIRO DE CINEMA: Quentin Tarantino
MELHOR ANIMAÇÃO: Link Perdido, de Chris Butler
MELHOR CANÇÃO: I’m Gonna Love Me Again, de Elton John, Rocketman MELHOR FILME ESTRANGEIRO: Parasita (Coreia do Sul)
MELHOR DIRETOR, CINEMA: Sam Mendes, por 1917

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