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Compositor de Rio Pardo faz paródia de música de Raul Seixas

Otoniel Silveira é cantor e compositor há 35 anos e costuma fazer paródias, além das canções próprias

Em tempos de confinamento para prevenção do novo coronavírus, a inspiração se manifesta de diversas formas no meio artístico. Otoniel Silveira, cantor e compositor há 35 anos, resolveu escrever uma letra com o título Sonhei que Rio Pardo parou, inspirado pela composição O dia em que a Terra parou, de Raul Seixas. Da famosa música do roqueiro baiano, Otoniel pegou emprestada a melodia para falar da terra natal nos dias de quarentena.

A gravação foi feita no último sábado e rapidamente ganhou as redes sociais. A inspiração veio ao andar de automóvel nas ruas desertas. “Eu estava ouvindo o rádio no carro e tive a ideia de escrever a letra com referências a Rio Pardo”, disse. “Tenho por hobby produzir e gravar paródias, além das composições autorais”, explicou Silveira.

Segundo ele, outra paródia se destacou e foi para as rádios: Este taura sou eu, em alusão à composição de Roberto Carlos, Esse cara sou eu. No Carnaval, Otoniel utilizou denúncias políticas para compor uma marchinha. Outra atividade do compositor é a apresentação do programa de rádio Canta Rio Grande.

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Confira a letra abaixo:

Sonhei que Rio Pardo parou

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Essa noite eu acordei num suador
Com o zunido dos mosquitos
Eu juro que sonhei
Sonhei que Rio Pardo parou
Sonhei que Rio Pardo parou
Bem assim
O pessoal se recolheu nos ranchos
Na cidade e no interior
Escutando o homem do rádio dizer
Que naqueles dias
Ninguém era para sair de casa, ninguém
O empregado nem encilhou o cavalo
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona Maria não mandou ninguém na venda
Pois sabia que o bolicho alguém mandou fechar
E o brigadiano não saiu para prender
Pois sabia que os teatinos “tavam” tudo no sofá
E o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar
E lá na igreja não tocaram nem o sino
Pois ninguém tinha pecado, não foram se confessar
E o Edinho que também não foi na missa
Pois sabia que o padre também não tava lá
E o meu guri eu nem mandei para o colégio
Pois sabia que a merenda também já ia faltar
E a professora que não fez nem a chamada
E a prova deste semestre vai ter que adiar
A patronagem cancelou até o fandango
Porque toda a peonada não apareceu para dançar
Na Prefeitura, ninguém foi levar os blocos
Porque o secretário, ninguém viu ou sabe onde tá
E os “pesteados” procurando a benzedeira
Pois sabem que o doutor não atende a cobrar
E o doutor preso no aeroclube
Porque nem um teco-teco não podia decolar
Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei…

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