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Vale a pena ler de novo, e de novo

Em sua última edição de junho, o Magazine encerra a série de indicações especiais de atrativos culturais que, na avaliação de um time de colaboradores da Gazeta, melhor combinam com essa época do ano. A lista teve início com quatro álbuns musicais, ainda na iminência da chegada ao inverno, seguiu na edição do final de semana passado com quatro filmes, e agora é complementada com quatro livros.

Jornalistas da equipe de Redação Integrada da Gazeta do Sul, do Portal Gaz e das rádios foram desafiados a selecionar uma obra, entre as de seu gosto ou interesse, para compartilhar com os leitores. Assim, o editor executivo da Gazeta do Sul, Maurício Goulart, 51, cachoeirense, há 29 anos radicado em Santa Cruz do Sul; a gestora de conteúdo multimídia da Gazeta, Daniela Neu, 34, agudense radicada há um ano em Santa Cruz; o jornalista Rodrigo Nascimento, santacruzense, 41, da equipe da Redação Integrada da Gazeta; e a jornalista santa-cruzense Naiara Beatriz Silveira, 22, tiveram a incumbência de selecionar, cada um, um livro. Que ficam, assim, como dicas especiais do Magazine para quem, nestes dias de inverno, deseja fazer uma boa leitura.

Com Asas de Águia (Maurício Goulart, editor executivo da Gazeta)

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“Desde o início da pandemia, ouvimos falar que vivemos algo semelhante a uma guerra. Então por que não reler uma obra que analisa um dos episódios mais emblemáticos da Segunda Guerra, a Batalha da Inglaterra, que se desenrolou no verão/outono de 1940? Com Asas de Águia, Michael Korda se aprofunda na descrição daqueles acontecimentos, não só nos aspectos políticos como também na parte técnica dos aviões usados pelos dois lados do conflito. Em três meses, praticamente sozinhos, os ingleses enfrentaram os nazistas, presumivelmente mais bem armados, e impediram a invasão alemã, o que foi decisivo para o resultado final da guerra – a derrota de Hitler – alguns anos depois. O triunfo da Grã-Bretanha teve muito a ver com dois aspectos quase inexistentes nos dias de hoje, em especial no Brasil – liderança esclarecida e apreço pelo conhecimento científico –, o que torna o livro de Michael Korda muito atual.”

O curso do amor (Rodrigo Nascimento, repórter da Gazeta)

“O filósofo suíço Alain de Botton ensina, em lições práticas, como se constituem os relacionamentos e os encantos e os desencantos de uma vida a dois. A dor e a delícia do casamento ficam escancaradas nas páginas deste ensaio. Em seu livro O curso do amor, o autor exibe o encanto da paixão e as consequências do amor sem esconder os dilemas da rotina, filhos e todas os desencontros de um casamento. Os segredos de uma vida a dois e a necessidade constante de reinvenção do casal mostram que o curso do amor navega por caminhos ora turbulentos, ora mansos. Um oceano de sentimentos que envolve a magia do casamento e toda a responsabilidade deste ato são refletidos na história romântica de Rabih e Kirsten. Imperdível, especialmente em um período no qual casais passam mais tempo juntos e precisam se reinventar constantemente.”

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Extraordinário (Naiara Beatriz Silveira, repórter do Portal Gaz)

“A literatura fez parte do meu amadurecimento e guardo muitas boas recordações de obras que li na adolescência, que marcaram minha juventude e o começo da vida adulta. Um dos livros que trazem boas memórias é Extraordinário (Intrínseca, 2013, 320 p.), de R. J. Palacio. A obra conta a história de August Pullman, o Auggie: criança inteligente e sensível, mas diferente… Ele nasceu com uma síndrome, que causa uma deformação facial bastante severa. Por isso, o pequeno enfrenta o preconceito que, na infância, tende a ser devastador, ainda mais quando ele ingressa na escola depois de ser educado em casa por alguns anos. Mas Auggie é forte! Ele nos ensina que a vida é imperfeita e que o amor é que faz tudo valer a pena. Narrada do ponto de vista do protagonista, de 10 anos, e de familiares e amigos, é obra encantadora. Espere gargalhadas e lágrimas, emoção e muitos ensinamentos vindos de um menino extraordinário.”

Amada (Daniela Neu, gestora de Conteúdo da Gazeta)

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“Amada, da estadunidense Toni Morrison, é daqueles livros que deixam um nó na garganta, e doem. Mas são necessários para olharmos além e entendermos um pouco as catástrofes humanas e as sequelas que daí resultam. Baseada em fatos reais, a narrativa é ambientada nos Estados Unidos do fim do século 19 e traz a história de Sethe, ex-escrava que fugiu da fazenda onde era mantida cativa para (re)começar sua vida. Ela carrega esperança, mas também as dores, no corpo e na alma, dos anos vividos até ali. As filhas, Denver e Amada, talvez representem esse conflito de emoções. Em um texto com estilo refinado e força dramática impressionante, o leitor acompanha personagens que tentam viver, mas são constantemente assombradas por um passado cruel em excesso. A obra foi adaptada para o cinema (Bem-amada), com Oprah Winfrey no papel de Sethe.”

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