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Para aquecer

Eu, Gourmet: o risoto de cordeiro, pinhão e arroz integral

Fotos: Emerson Haas

Que tal uma saborosa receita para este final de semana gelado de inverno?

Esta época é perfeita para saborear uma bandeja de pinhões cozidos ou assados! Essa iguaria é um dos ingredientes mais tradicionais da culinária gaúcha, tendo origem gastronômica pelas mãos dos primeiros colonizadores italianos, alemães e portugueses que para estes pagos vieram. Foi pelas panelas dos tropeiros nos Campos de Cima da Serra – local onde os pinheiros são abundantes – que o pinhão serviu de contexto em variadas receitas ou mesmo em carreira solo, seja em uma panela fervente ou na chapa do fogão a lenha.

Um dos bons preparos que encontramos em Cambará do Sul e em São José dos Ausentes é o Risoto de Pinhão consumido nas pousadas e restaurantes junto com os filés de truta na manteiga, batata-doce assada, carnes de panela com aipim, feijão mexido e compotas de doces de abóbora e laranja. Somamos o pinhão com a carne de cordeiro sobrada do churrasco e um arroz arbóreo integral espetacular na composição da receita desta semana. Confira!

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Com o que e como fazer

Ingredientes (para 4 pessoas):
250g de carne de cordeiro assada e cortada em cubos de 1 centímetro
1 xícara de chá de pinhões cozidos, descascados e fatiados
2 xícaras de arroz arbóreo integral
1 pimentão vermelho pequeno cortado em cubinhos
1 cebola média cortada em cubinhos
2 dentes de alho picadinhos
Salsinha picadinha
Tomilho
Meia xícara de queijo parmesão ralado
150 ml de vinho branco seco
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de azeite de oliva extravirgem
8 xícaras de caldo de carne
Sal e pimenta-do-reino moída a gosto

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Preparo: aqueça uma colher de azeite de oliva e uma de manteiga numa panela e frite rapidamente a carne de cordeiro. Junte a cebola e o alho, refogando em fogo médio. Quando dourar, junte os pimentões e os pinhões e refogue por um minuto. Some o arroz e mexa com os ingredientes. Adicione o vinho, cozinhando até evaporar parte do líquido. Aos poucos vá adicionando o caldo de carne, concha por concha, mantendo encharcado o preparo. Adicione pimenta-preta, tomilho e sal. Cozinhe por cerca de 20 a 25 minutos para que o arroz fique “al dente”. Desligue o fogo e junte a manteiga e o queijo parmesão. Misture bem, tampe a panela e deixe descansar por aproximadamente três minutos, o que finalizará o cozimento do arroz. Sirva o risoto em seguida regando com um generoso fio de azeite de oliva.

Dica: você encontra arroz arbóreo integral da marca Rei Arthur nos melhores supermercados da região.

*Confira esta receita, crônicas e dicas de vinhos acessando o blog www.eu-gourmet.com

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FALA, BACO

A uva Carignan produz vinhos de coloração intensa e profunda, com elevado teor alcoólico, acidez, tânicos e de ótima estrutura. A origem dessa casta é indefinida, mas supõe-se que ela tenha surgido na Espanha e no sul da França lá pelo século 17. Depois atravessou o oceano e veio na metade do século 19 para a Califórnia, na Argentina e no Chile. Na Espanha, a Carignan é conhecida como Cariñena e Mazuelo; na Itália, recebe o nome de Cariñano. No Chile, na metade do século passado, essa cepa era popular e utilizada para cortar vinhos produzidos pela uva País, trazida pelos conquistadores espanhóis.

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Hoje, no Chile, a vinícola BO Wines do Vale do Maule engarrafa o Fillo Old Wines Carignan 2015, de coloração rubi violáceo profundo, um corte de 90% Carignan e 10% entre Merlot e Cabernet Sauvignon e que não passa em barrica, mantendo a autenticidade da casta. Os aromas típicos trazem frutos negros destacando ameixas e amoras, além de violetas, pimenta e chá preto e nota mineral. Possui corpo médio, robusto e potente, com taninos redondos e envolventes e amplo e saboroso final. Essa safra cravou 94 pontos no Guia Descorchados e 91 pontos na avaliação do crítico James Suckling.

Harmoniza bem com carnes assadas, carne ao molho escuro, massas com molho condimentados e queijos médios. Possui 14,5% de graduação alcoólica, e o ideal é ser degustado na temperatura de 16 a 18 graus.

Você encontra o vinho Fillo na Wein Haus, loja especializada em vinhos, localizada na Avenida João Pessoa, 895, Santa Cruz do Sul, fone (51) 3711 3665, WhatsApp (51) 98416 6407 e site www.weinhaus.com.br

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E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!

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Você sabia?

Lá se vão centenas e centenas de anos em que o pinhão, essa semente legitimamente brasileira, tornou-se uma das melhores companhias na temporada mais fria do ano. Apreciado no Sul e Sudeste do país, ele ostenta uma mistura de ingredientes que, além de aquecer o estômago, traz muitos benefícios para o nosso corpo. Fornece energia na forma de carboidrato, fibras, minerais e os celebrados compostos fenólicos, defensores das nossas células. Povos indígenas que inclusive ajudaram a disseminar a espécie, caso dos caingangues e dos choclengues, e depois os tropeiros que iam e vinham pelo Brasil de antigamente eram grandes fãs desse preparo de gosto peculiar.

A espécie pode ser considerada um fóssil vivo, já que existe há milhões de anos e resistiu até mesmo à era glacial. Considerado por muitos como fruta, o pinhão é na verdade a semente da araucária (araucaria angustifolia), árvore que simboliza o estado do Paraná. Apesar de rico em amidos, o que o torna bastante calórico, contém vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas.

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