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Transmissão especial

Calmaria em meio à tempestade: a música na vida de Mariana Nolasco

Aos 22 anos, Mariana é fenômeno na internet

Desde muito cedo, Mariana Nolasco sentia o poder da música crescendo no peito. Aos 13 anos, no quarto de casa, começou a gravar vídeos cantando, em versões acústicas. As gravações eram publicadas nas redes sociais, depois em um canal no YouTube. A então despretensiosa paixão pela música se tornou algo maior quando, em um dia qualquer, uma versão acústica da artista atingiu 1 milhão de visualizações em 24 horas. Era o boom que ela precisava para se lançar ao sucesso – sem perder a essência de menina que se encanta pelas belezas da vida.

Hoje, aos 22 anos, ela é um fenômeno na internet, com 5,6 milhões de inscritos no YouTube (4,27 milhões no canal de música e outros 1,36 milhão no espaço para vlogs), 4 milhões de seguidores no Instagram, 1,3 milhão de ouvintes mensais no Spotify e inúmeros outros plays em diversas plataformas digitais. Mas os números, apesar de expressivos, não refletem todo o trabalho da jovem: apenas o amor o faz.

Mariana lançou seu primeiro EP em 2016, interpretando músicas de outros artistas no formato voz e violão, como Nando Reis. Em 2017, deu início a sua primeira miniturnê pelo Brasil e participou do Rock in Rio. Em 2018, apresentou-se no Festival Planeta Brasil e lançou seu primeiro álbum autoral. Em 2019, apresentou-se pela segunda vez no Rock in Rio e realizou sua turnê autoral, Planeta Borboleta, pelo Brasil.

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Em entrevista exclusiva à Gazeta do Sul, a cantora falou sobre as expectativas que tinha quando adolescente, sobre esperança em tempos difíceis, sobre o significado por trás das canções que encantam nos quatro cantos do País e o fato de ter se reinventado durante a pandemia. O single Transforma(dor), inclusive, surgiu durante o período de isolamento social, com um clipe produzido a distância e de forma caseira, retornando às origens da artista. Afinal, a música é a calmaria em meio à tempestade.

Mariana participa neste domingo, 25, da transmissão do Oktober em Casa Gazeta, às 19 horas. Para assistir, basta acessar o YouTube do Portal Gaz. Também haverá transmissão simultânea pela Gazeta FM 101,7.

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Entrevista
A menina de 13 anos que um dia pegou uma câmera, gravou um vídeo despretensioso e publicou no Facebook imaginaria onde a Mariana Nolasco está hoje?

Não! Acho que a Mariana Nolasco de hoje superou todas as expectativas, sonhos e possibilidades que a Mariana com 13 anos pensava e almejava. Exatamente por ter sido algo muito orgânico e genuíno! Não tinha grandes pretensões. Então ela não imaginaria, mas ela com certeza estaria muito feliz!

Como é para você lidar com a fama?
Antes eu não entendia muito bem, e ficava perguntando “Por que essas pessoas gostam de mim e elas não são da minha família?” (risos). Mas, com o passar do tempo, fui entendendo que é uma forma de as pessoas expressarem a gratidão que elas sentem pelas minhas músicas, pela minha voz. Quando alguém me manda uma mensagem de carinho ou pede uma foto, sinto muita gratidão! Acho bem legal! Mas é claro que nada em exagero faz bem, nem para um lado, nem para o outro. Prezo muito minha individualidade, privacidade, ao mesmo tempo em que gosto de receber todo esse carinho. Então, acho que é o equilíbrio! De maneira geral, acho que a galera que me acompanha, que ouve minhas músicas, é uma galera mais tranquila, mais calma. São muito educados, respeitosos.

Há cerca de um mês você lançou Era Amor e a música já é um sucesso, com um clipe lindo, com 400 mil visualizações. Qual recado você quis passar?
Muito obrigada pelo “clipe lindo”! Então, essa música surgiu do fim de um relacionamento. Na verdade, quando a escrevi, não sabia que eu ia terminar. Acho que ela veio muito para me mostrar que já estava rolando um movimento natural de afastamento. Acho que a mensagem mais importante que ela me traz, e acredito que para as pessoas também, é que, independente de qual seja o relacionamento entre duas pessoas, é possível olhar para esse rompimento de uma forma amorosa.

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Acho que é assim que a gente consegue superar os obstáculos, os desafios. Sobre o processo de produção do clipe, foi muito legal! A gente gravou junto com outros três clipes que também vão fazer parte do meu EP. Eu e mais duas pessoas só, a Carol Yves (empresária) e o André Loureiro (diretor de fotografia) dirigimos, roteirizamos, pensamos nos objetos de cenário… É claro que, com a pandemia, a gente teve que fazer com a equipe o mais reduzida possível e, modéstia à parte, achei que ficou bem legal o resultado, gostei muito! Estou em uma fase nova, onde estou me inserindo mais nas coisas mesmo, esse lance de botar a mão na massa na produção, na direção, no roteiro e tudo mais… Foi bem divertido esse processo nesse e nos outros clipes.

Pouco antes, Transforma(dor) trouxe uma mensagem de esperança para os seus fãs. Como e onde você encontra essa esperança, no seu dia a dia?
Acredito que não só eu, mas a maioria das pessoas, principalmente neste momento, tem se questionado, tem ficado mais introspectivo tentando entender o que está sentindo, porque eu acredito que o mundo está passando por um processo muito forte de transformação! Tantas mudanças, tantas coisas que a gente estava habituado a fazer que agora não está mais… Isso gera desconforto e às vezes parece que a gente está ali preso naquele desconforto, mas não é verdade!

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Claro que algumas mudanças são mais profundas, mas acho que a esperança está aí pra isso. Acho que a esperança carrega muito, na própria palavra, uma sensação de vida, de uma certeza de que essas turbulências vão passar! Elas não são eternas, por mais que seja difícil reconhecer isso quando a gente está no meio da turbulência. Quando estou num momento difícil, a partir do momento que eu lembro que aquilo não é pra sempre, já me acalmo! O que me ajuda também é prestar mais atenção aos detalhes: olhar pela janela e prestar atenção nas coisas simples que às vezes passam despercebidas! A esperança mora nos detalhes, e é só a gente não esquecer disso e até ficar praticando mesmo no nosso dia a dia, de encontrar essas pequenas alegrias que trazem esperança! Seja uma meditação, seja você observar um pássaro, conversar com alguém ou passar um cafezinho (risos).

Que mensagem deixas para os fãs?
Acho que antes de tudo queria agradecer, porque é tanto carinho que recebo, tanta mensagem bonita de apoio! Queria agradecer por acreditarem em mim desde o comecinho, me incentivarem… Isso faz toda a diferença! E falar que é muito recíproco! O que eles sentem quando ouvem alguma música, ou quando assistem a um clipe, ou quando vão num show, ou quando me mandam uma mensagem… é a mesma coisa quando eu leio essa mensagem, quando olho pra eles no show, sabe? É um carinho, uma troca muito gostosa!

Queria falar não só para as pessoas que me acompanham desde o começo, mas também para as pessoas que estão chegando agora, que façam o que elas gostam de fazer! Acho que a gente tem um pouco de receio disso. Sabe quando nós fazemos uma coisa só porque gostamos de fazer tal coisa? Mesmo que a gente ache que não tem nada a ver com a sua profissão… não abandonar as coisas que você gosta de fazer. Isso foi o que me trouxe até aqui. Não pensava em seguir uma carreira, mas nunca parei de cantar, tocar violão, porque sempre foi o que alimentou o meu coração!

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Por fim, o que a música significa para você?
Nossa, que pergunta difícil essa! Eu sinto como se a música fosse um portal pelo qual eu pudesse acessar meus sentimentos, emoções. Não só os meus sentimentos, as minhas emoções, mas no âmbito coletivo mesmo. E, pra mim, é como se esse portal me fizesse um convite! Ora para experienciar uma alegria, ora para experienciar uma tristeza, angústia, mas ele faz o convite exatamente para o que você precisa naquele momento. E se você aceita esse convite, é como se colocar num lugar de disponibilidade para curar aquilo que está precisando curar.

Meio abstrato, mas espero que tenha feito sentido! (risos) Acho que o propósito maior da música é a cura, e eu tento muito não perder isso de vista, inclusive quando eu vou cantar! E quando vou ouvir uma música, procuro sempre aquelas que me elevem, sabe?

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