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A ciência do perdão

Poucas atitudes são tão exclusivas do ser humano quanto o perdão. Para perdoar devemos integrar uma série de estruturas cognitivas e emocionais relacionadas a nossa personalidade (temperamento e caráter) e crenças ligadas a religiosidade.

Perdoar é o predomínio da razão sobre a emoção, que denota uma maturidade de estruturas cerebrais superiores como o córtex pré-frontal. Aliás, se tivéssemos que relacionar um local no cérebro onde estaria nosso lado mais humano, esse seria o lugar.

Há evidências científicas robustas que mostram como o perdão (principalmente o incondicional) pode melhorar a qualidade de vida e, em contrapartida, como viver com ressentimentos, mágoas e tristezas pode aumentar o risco de transtornos mentais (depressão, ansiedade e suicídio) e de problemas cardíacos.

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Pessoas que praticam o perdão condicional, ou seja, aquelas que só são capazes de perdoar caso a outra parte peça desculpas ou prometa não repetir a ofensa têm propensão a morrer mais cedo do que os que perdoam incondicionalmente.

Estar cronicamente nervoso causa efeitos na pressão arterial e no batimento cardíaco, enquanto perdoar pode levar a uma redução no estresse e, portanto, a conter o nervosismo. Persistir no ressentimento, além de aumentar a irritação, também provoca tristeza e sentimentos de perda de controle. Ficar preso ao rancor causa aumento em atividades fisiológicas como tensão dos músculos da face (envelhecimento), batimento cardíaco, pressão arterial e suor. 

Perdoar alguém é um verdadeiro remédio que atua em instâncias que vão desde a qualidade do sono até a fadiga, reduzindo sentimentos e patologias prejudiciais à saúde como a tensão, raiva e depressão. A “limpeza” dessas emoções negativas desempenha um papel importante para a manutenção do bem-estar e de nosso sistema imunológico. 

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Perdoar a parceira ou o parceiro após uma traição pode ser a chave para salvar ou até fortalecer o seu relacionamento. O perdão facilita e muito o processo de recuperação do trauma da infidelidade, garantindo mais satisfação na relação e mais comprometimento mútuo.

Quando quem fez algo errado foi você, ser absolvido pela pessoa que você magoou ajuda substancialmente no processo de autoperdão. Quem pede perdão por um agravo tem maiores chances de perdoar a si mesmo. Uma barreira que as pessoas enfrentam para perdoarem a si próprias é que elas pensam que merecem se sentir mal. Possuir a habilidade de perdoar prediz uma saúde positiva tanto mental quanto física. Exercer o ato do perdão protege contra os efeitos negativos do estresse. Ou seja, perdoar faz muito bem à saúde, tanto para quem é perdoado, mas principalmente para quem perdoa.

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