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Crime de ódio

Atentar contra a vida da mulher é um ato supremo de ódio. É uma prova incontestável de desamor próprio e para com a mãe que nos trouxe ao mundo. Infeliz é aquele que não consegue apreciar e valorizar as mulheres. Todos nós nascemos de uma mulher e sem elas nossa espécie estaria fadada à extinção. Odiar e querer maltratar e matar mulheres é querer o fim da vida. É um crime contra a humanidade.

O crime hediondo cometido contra Francine não foi uma morte qualquer. Foi um crime de ódio. Ódio por ela ser mulher, ódio por ela ser jovem, ódio por ela cuidar da saúde, ódio por ela ter um celular, ódio por estar feliz. Infelizmente estamos vivendo num país e num momento em que a vida está valendo muito pouco. Mulheres, crianças, idosos são mais vulneráveis, assim como grupos de minorias étnicas e LGBT.

No caso das mulheres, estatisticamente, os agressores mais comuns são familiares não sanguíneos e com relacionamento social, afetivo ou sexual. O mesmo vale para crianças e idosos. É duro acreditar, mas o perigo muitas vezes está bem perto de nós.

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Devido ao uso de drogas e ao aumento do uso da violência em crimes menores, temos acompanhado muitas vidas sendo ceifadas por objetos de valor irrisório. Muitas pessoas perdem a vida por celulares, tênis, carros e dinheiro. Matar parece estar tão banalizado que assusta. Mata-se mesmo quando não há reação da vítima.
 
Estupro é uma praga que acompanha a humanidade desde sempre. O estupro é sempre uma morte, mesmo quando mata. Devido à sua alta recorrência por quem o pratica, esse crime deveria ser sinônimo de exclusão permanente da sociedade, por pena de morte ou prisão perpétua. Quem estupra, seja por transtorno mental ou por crime, não pode andar livre entre os humanos.

A violência tem raízes de ordem genética, psicológica e psiquiátrica. Há famílias com maior propensão a violência que foram criadas e criam com a cultura da violência. A maioria das pessoas violentas foram vítimas da violência. Muitos transtornos mentais têm o comportamento violento como um sintoma que deve ser tratado.

Não sabemos ainda o que de fato aconteceu com Francine, talvez nunca saberemos. Mas quem executou esse crime é um psicopata. Enquanto ele estiver solto continuará sendo um risco para todas as mulheres e para a sociedade. Pode ser um crime passional. Pode ser um crime aleatório. Pode ser um crime premeditado. Pode ser um crime sexual de ocasião. Ou ainda um latrocínio por motivo torpe. Seja como for, é um crime de ódio. Muito ódio.

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