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Objetiva Mente

Muita emoção, pouca razão

O ser humano, diferentemente de outros animais, precisa lidar com uma diversidade muito complexa de estímulos internos e externos decorrentes de ter juízo crítico e inteligência. Evolutivamente, desenvolvemos um cérebro racional sobre uma estrutura instintiva animal com predomínio de emoções mais primitivas, como raiva, medo e agressividade. Poderíamos dizer que temos dois grandes sistemas que se inter-relacionam: um sistema racional e outro emocional.

Em condições de normalidade, há um predomínio das funções racionais, como memória, raciocínio lógico, pensamento, inteligência e julgamento. Para essas funções mentais superiores funcionarem adequadamente, precisa haver uma redução das atividades do sistema emocional. Porém quando esse sistema emocional mais primitivo está ativado, nossa capacidade de tomar decisões racionais diminui muito. Tomados de fortes emoções, temos grandes dificuldade de usar a razão.

Esta eleição está sendo marcada por muitas emoções negativas. Com a polarização de duas candidaturas de extremos, se exacerbou a sensação de nós contra eles. E isso estimula muito nosso sistema instintivo animal. Logo, não pensamos direito e partimos para agressão, na defesa de criminosos, radicais e incompetentes.

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No lado esquerdo do ringue está um partido que está no comando do Brasil desde 2002, centrado num presidiário, que agiu de forma incompetente e irresponsável gerando um prejuízo econômico sem precedentes. Sua principal arma é o populismo e se aproveita da ignorância e da memória curta do povo. À direita do ringue está um homem sem partido, com a pecha de salvador da pátria, da moral e dos bons costumes. Político há 30 anos, nada fez, a não ser ter sido cuspido e esfaqueado, elogiar torturadores e dizer que uma mulher é tão feia a ponto de não poder ser estuprada.

Na tarefa inglória de votar entre um poste de presidiário e um falso mito, perderemos mais quatro anos para descobrir que administração pública não se faz com emoção, não se faz com idolatria nem fanatismo. Precisamos usar a razão. Avaliar as melhores propostas. Refutar o populismo e as promessas vazias. Observamos os valores e exemplos que emanam dos candidatos e seus partidos. Não estamos fazendo nada disso. Estamos envolvidos numa briga de extremos vazios que quando estiveram no poder, criaram o caos ou só criaram confusão.

Ainda há tempo de fugir disso. Precisamos pensar de um jeito novo. Vote no seu melhor e não em quem vai ganhar daquele que você detesta. Governar um país ou estado exige calma, responsabilidade e competência. Fuja das paixões, use a razão.

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