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MEMÓRIA

O Cruzeiro

Neste mês, decorrem 45 anos do fechamento da revista O Cruzeiro, considerada a mais inovadora e importante do Brasil no segmento. Sua primeira edição saiu em 10 de novembro de 1928 e a última, em julho de 1975.

Fundada no Rio de Janeiro por Assis Chateaubriand, trouxe uma série de inovações na imprensa brasileira, como o fotojornalismo. Ela foi a primeira a contratar jornalistas, que puderam então exercer sua função em tempo integral, sem precisar de outros “bicos” para se manter. Além disso, fortaleceu a parceria repórter-fotógrafo, que passaram a atuar juntos.

A publicação semanal começou com 48 páginas e logo chegou a 64. Além das grandes reportagens nacionais e internacionais, a revista era recheada com belas fotos e seções como de literatura, cinema, esportes, culinária, dicas para o lar, moda, beleza, entrevistas com famosos e políticos, além de outras. O lado humorístico era liderado pelo Amigo da Onça, personagem criada pelo cartunista Péricles de Andrade.

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Vendida em todo o Brasil, a sua tiragem média era de 700 mil exemplares. A edição mais vendida foi a que tratou do suicídio do presidente Getúlio Vargas, em agosto de 1954, quando foi feita uma impressão extra com mais 720 mil cópias.

Em Santa Cruz do Sul, ela tinha muitos leitores. João Alberto Alves, antigo funcionário da Banca, recorda que, quando havia algum assunto polêmico no Brasil, as pessoas reservavam o periódico com antecedência e, muitas vezes, era preciso pedir reforço para Porto Alegre. Muitos esperavam a chegada do trem (e, mais tarde, do Expresso Gaúcho) para lerem a revista o quanto antes.

A última edição saiu com a capa de Pelé vestido de Tio Sam, já que ele recém havia se rendido aos dólares e passou a jogar no Cosmos, nos Estados Unidos. Em Santa Cruz, era comum as famílias colecionarem a revista. Hoje, há uma boa quantidade delas no acervo do Colégio Mauá e também com colecionadores.

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Foto: DivulgaçãoFotos: Acervo de Emigdio Engelmann
Fotos: Acervo de Emigdio Engelmann
Foto: DivulgaçãoFotos: Acervo de Emigdio Engelmann
Fotos: Acervo de Emigdio Engelmann
Foto: DivulgaçãoAmigo da Onça chegou à revista em 1943
e foi um dos quadros de mais sucesso da
publicação | Fotos: Acervo de Emigdio Engelmann
Amigo da Onça chegou à revista em 1943 e foi um dos quadros de mais sucesso da publicação | Fotos: Acervo de Emigdio Engelmann
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