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Café na Roça

Mel: uma atividade com mais de 30 anos na propriedade da família Peiter

O zumbido das abelhas remete, para a maioria das pessoas, à dolorosa picada do inseto. Já para o apicultor Laudiro Peiter, 64 anos, de Linha Paleta, interior de Arroio do Tigre, representa uma atividade prazerosa há mais de 30 anos. Na propriedade da família, a produção de mel tem sido a principal ocupação, tanto que há quatro anos foi edificada a Casa do Mel, um local adequado para a extração e armazenamento do produto. Peiter é o único produtor de mel legalizado do município e que possui o Sistema de Inspeção Municipal. No estabelecimento de 56 metros quadrados, alguns equipamentos ajudam na preparação e qualidade do mel, como o descristalizador, centrífuga, decantador, máquina de sache e depiculador. “São procedimentos que deixam o produto pronto para a venda e com qualidade”, garantiu Laudiro.

Em entrevista para o quadro “Café na Roça”, da Gazeta FM, de segunda-feira, 12, ele e a esposa Zenira Bertolo Peiter, 61 anos, contaram que neste ano extraíram 1.300 quilos de mel, sendo que têm potencial para chegar até cinco mil quilos. “O tempo prejudicou muito. O clima ideal para a produção são as estações secas. A abelha precisa de sol. O clima, o lugar, o pasto apícola, a rainha, tudo influencia na produção do apiário. Também é preciso cuidar muito para não faltar alimento, pois as abelhas podem abandonar as colmeias”, explicou. Peiter possui 112 caixas com abelhas em plena produção espalhadas pelos campos em várias localidades do interior e até mesmo em Segredo e Tunas.

Conforme Peiter, a maioria das caixas são colocadas dentro das matas, que servem como proteção contra inseticidas aplicados nas lavouras de soja, por exemplo. Dessa forma, diminui consideravelmente a mortandade das abelhas. “Está cada vez mais difícil achar matas fechadas para colocar essas colmeias, as lavouras estão avançando cada vez mais”, destaca “Peiter. Segundo ele, a técnica para colheita é rigorosa, tudo para garantir que um mel saboroso chegue à mesa dos consumidores. Laudiro explica que o sabor depende da forma do manejo, da florada abundante e da chuva periódica. O ano apícola, de produção, vai de setembro até fevereiro. “Mas varia conforme o clima. As abelhas precisam de floração para produzir”, explica.

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Integrante da Associação Sabores da Nossa Terra, ele vende o produto embalado, com Selo Sabor Gaúcho, na residência e nos supermercados. “Começamos com R$ 15,00 e agora está R$ 18,00 o quilo”, comenta. São comercializadas embalagens de 500 gramas, um quilo e sachês. Em relação ao cuidado com os insetos, Peiter garante que o trabalho é prazeroso. “Lidar com os bichinhos é uma terapia, tem que gostar de andar no campo e verificar as caixas. É bom demais”, garantiu o produtor. Além do casal, ajudam nos afazeres os filhos. A família ainda cultiva tabaco, mas garante que é o último ano. Também são cultivados 10 hectares de soja, dois de milho, alimentos para subsistência e criação de gado e porco.

Família toda participa na produção de mel, em Linha Paleta

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Foto: Gazeta da Serra/Magali Drachler

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