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Saiba diferenciar a ligação do Ministério da Saúde para não cair em golpe

O medo e a falta de informações são os combustíveis para o sucesso de golpes aplicados em todo o País. Principalmente neste momento de vulnerabilidade, durante a pandemia do novo coronavírus, estelionatários se aproveitam para fazer novas vítimas – e uma das práticas mais recentes envolve ligar e se apresentar como funcionário do Ministério da Saúde.

Seria fácil identificar o golpe, logo de cara, não fosse o fato de o Ministério da Saúde realmente estar realizando ligações para a população, a fim de localizar pessoas vulneráveis, com sinais e sintomas de infecção por coronavírus. No entanto, é possível diferenciar a ligação oficial de um golpe, seguindo alguns critérios (veja lista abaixo).

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As ligações oficiais estão sendo realizadas desde o início deste mês, por meio de um sistema que faz o disparo de ligações com atendimento automatizado para encontrar possíveis casos. O número oficial do Tele-SUS, como é chamada a ação, é o 136 – mas pode ser 0136 ou 00136, de acordo com a operadora, segundo o Ministério da Saúde. Não serão solicitados dados pessoais e muito menos bancários, por isso, fique atento.

“Fizemos um algoritmo que faz disparo de ligações para 125 milhões de brasileiros. Esses disparos estão ligados em um grande data center, que irá nos ajudar a antecipar o nome das pessoas, onde elas estão, se são grupo de risco, com quem convivem. Vamos disparar as ligações, então não se espantem se o seu telefone tocar. É como se fosse uma consulta, por meio de uma voz artificial, que vai fazer uma triagem. Vai fazer algumas perguntas para saber se pode te acompanhar. É um sistema de inteligência artificial que irá nos ajudar muito”, explicou o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

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Fique atento:

– Voz: as chamadas feitas pelo Ministério da Saúde foram gravadas e a voz é mecânica (confira áudio abaixo). Caso atenda uma ligação e seja uma pessoa do outro lado da linha, desconfie.

– Informações: o robô do Ministério da Saúde não irá pedir dados pessoais. Nem mesmo o nome da pessoa é solicitado ao início da ligação, conforme a simulação abaixo. Portanto, não passe nenhuma informação durante estas ligações – se o interlocutor pedir algum dado, desligue, é golpe.

– Sem envio de código: o Ministério da Saúde não irá enviar nenhum tipo de código ao celular de quem atender a ligação – e nenhum outro contato oficial do governo fará isso. A prática permite que os golpistas clonem o WhatsApp da vítima, podendo aplicar golpes nos contatos. Caso receba ligação e solicitem o código enviado por SMS, desligue, é golpe*.

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– Sem pedido de dinheiro:
já no dia 4 deste mês o Ministério da Saúde informou, por meio de nota publicada no site oficial, que recebeu relatos de golpes aplicados em nome da pasta. Nestes casos, eram solicitadas doações em dinheiro para as ações de enfrentamento à Covid-19. “Diante dos relatos reiterados de golpes que vem sendo aplicados por estelionatários por meio de chamadas telefônicas ou mensagens de Whatsapp, o Ministério da Saúde informa que não pede nem recebe doações em dinheiro”, informou a nota. Portanto, fique atento: se pedir dinheiro em nome do Ministério da Saúde, desligue, é golpe.

*É preciso diferenciar os códigos solicitados por terceiros e os códigos solicitados pelo próprio usuário. Aplicativos como o de solicitação ou acompanhamento do auxílio emergencial de R$ 600,00, por exemplo, utilizam códigos enviados por SMS, mas são solicitados pelo próprio usuário, jamais por terceiros ou por meio de ligações. Nunca repasse códigos recebidos por SMS que você não solicitou.

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Simulação

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Para ajudar a identificar se a ligação é oficial ou golpe, o Ministério da Saúde disponibilizou a simulação de uma chamada feita pelo 136. Repare que não é solicitado nenhum dado e que a pessoa do outro lado da linha tem voz mecânica, porque tanto a introdução quanto as respostas foram gravadas e são geradas pelo sistema, a partir dos relatos dados pelo usuário. Confira:


Tele-SUS

As ligações do Ministério da Saúde fazem parte de um conjunto de ações de enfrentamento ao novo coronavírus. Esta ação em particular também permitirá o monitoramento à distância das pessoas em isolamento domiciliar, permitindo o acompanhamento do estado de saúde durante todo o período. Caso a pessoa apresente piora dos sintomas, será orientada por um profissional de saúde a procurar um posto de saúde ou hospital de referência.

“Anunciamos grandes ferramentas para auxiliar o atendimento à população durante a pandemia do coronavírus. Vamos monitorar os sintomas das pessoas sem que ela precise sair de casa. Foi um trabalho grande, focamos nisso nos últimos dias porque é uma ferramenta de gestão de pessoas que vai nos auxiliar em toda a mobilidade social. É um grande trabalho de bioestatística e modelagem social”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

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Por meio do atendimento remoto, as pessoas poderão receber a indicação do tratamento adequado sem sair de casa, evitando o risco de contágio local entre os pacientes e profissionais nas unidades de saúde.

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