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Especial

Cinco paraísos que a região esconde; veja fotos e vídeo

Não é preciso ir muito longe para encontrar paraísos intocáveis. Aqui pertinho, no Vale do Rio Pardo e nas regiões Centro Serra e Alto da Serra do Botucaraí, a imensidão verde abriga um patrimônio de tirar o fôlego e apresenta esconderijos dignos de cenário cinematográfico. São cascatas de até 50 metros de queda, rochas em formato de escadaria e aquela explosão da água que revigora, acalma e traz paz.

Nessa semana, a Gazeta do Sul percorreu mais de 300 quilômetros de carro, outros tantos a pé e foi conferir onde estão cinco dessas maravilhas que podem ser exploradas assim, do lado de casa. Coloque seu tênis de esporte, reserve um fim de semana e não tenha medo de água gelada. Vem se aventurar com a gente?

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1 – Cascata da Ferradura, Candelária

Nível de aventura: difícil

Prepare-se para uma aventura daquelas e não esqueça daquele tênis com um bom antiderrapante. Situada na localidade de Roncador, a Cascata da Ferradura apresenta um visual de tirar o fôlego. Com 50 metros de queda livre, o local é uma ótima pedida para quem gosta de trilha. São cerca de 25 minutos de caminhada (intensa e cuidadosa) para chegar até o ponto principal.

Antes de se aventurar pelo caminho, peça indicações aos proprietários do balneário, já que o percurso apresenta muitos obstáculos. Todo e qualquer esforço, porém, vale a pena. Já na metade do itinerário, os aventureiros são presenteados com duas quedas d’água. Mais um pouco de caminhada (e muita descida) e lá estará o primeiro paraíso visitado, todo imponente.

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Foto: Rodrigo Assmann

Caso a ideia seja passar o dia “lá embaixo”, é importante levar lanches e água, já que não há infraestrutura perto da queda. O balneário, entretanto, dispõe de churrasqueiras e piscinas. A entrada para passar o dia é R$ 5,00. Nos fins de semana, uma pequena mercearia também fica aberta, com água, refrigerantes, cerveja e até picolé à venda. Mais informações podem ser obtidas na página do Facebook Cascata da Ferradura.

Como chegar: pegue a RSC-287 em direção à Candelária. Não é necessário entrar na cidade. Ingresse na ERS-400, no segundo trevo após a entrada de Candelária,  e siga em direção à Vila União. Fique atento à sinalização. Nesse caminho, uma placa  à esquerda vai indicar a localidade de Roncador. Mais quatro quilômetros de estrada de chão e outra placa indicará a entrada ao balneário.

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Anota aí: os quatro quilômetros de estrada de chão que dão acesso à cascata não estão nas melhores condições. O secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Candelária, Jorge Mallmann, afirmou, entretanto, que esforços serão concentrados para facilitar o acesso ainda neste mês. Outro projeto da pasta é construir uma escadaria dentro dos padrões ambientais para  facilitar o caminho até a cascata.

Tempo estimado: 1h15 de viagem, saindo de Santa Cruz

 

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2 – Cascata Banhado Grande, Gramado Xavier

Nível de aventura: médio

Visitada por aventureiros de todo o Estado, a Cascata Banhado Grande é uma das preciosidades de Gramado Xavier. Para chegar até ela, é necessário encarar uma caminhada que varia entre dez e 15 minutos. Apesar de boa parte da trilha estar sinalizada com uma faixa em amarelo e preto, o itinerário de 820 metros requer cuidado.

No dia da expedição, a mata estava bem densa e, como havia chovido dias antes, foi preciso atravessar o rio com a água batendo nas canelas – não tem essa de não se molhar. O visual, porém, acaricia os olhos de qualquer visitante. Com 20 metros,  a Cascata Banhado Grande dá um show de imponência e força na explosão da queda. 

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Foto: Rodrigo Assmann

Como chegar: siga pela RSC-153 até Gramado Xavier. Entre na cidade e vá até o fim da Avenida Santa Cruz. A partir daí são 13 quilômetros de estrada de chão. Pegue à direita na Fazenda Sanini e, após passar a Igreja da Comunidade de Banhado Grande, dobre mais uma vez à direita. Não há placas que sinalizem a entrada da cascata, portanto é importante ficar atento. Assim que passar pela primeira ponte de madeira, dobre à esquerda e avance com o carro por mais alguns metros. É hora de estacionar e seguir a pé.

Importante: a menos que a ideia seja ficar apenas um turno, a dica é levar lanches, pois a venda mais próxima fica a 14 quilômetros da cascata. A expedição visitou o local pela manhã e o friozinho pegou. Vale sempre aquele conselho da mãe: um casaquinho nunca é demais. 
Anota aí: a secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Desporto e Lazer do município, Aline Berté, já adiantou que a Prefeitura deverá investir em placas de sinalização para facilitar a localização dos visitantes.

Tempo estimado: 1h30 de viagem, saindo de Santa Cruz

 

3 – Cascata do Gamelão, Boqueirão do Leão

Nível de aventura: fácil

De todas as cascatas visitadas, essa é uma das mais acessíveis. A trilha está demarcada com escadaria e rampa, e a caminhada é rápida: cinco minutos até ser abraçado por duas quedas d’água de até 15 metros. Não bastasse isso, as rochas formam uma espécie de escadaria que fazem o movimento da água ficar ainda mais estonteante.

A vontade é de se “acomodar” em uma das inúmeras pedras e ficar sossegado, admirando o cenário por horas. O lugar também é especial para quem gosta de nadar e se garante, já que o rio não dá pé. Como toda cascata, a água é bem gelada, mas depois do mergulho, quem disse que dá vontade de sair? Sem muita correnteza, o entorno da queda também é especial para boiar pelas águas em tom esverdeado. Deu pra sentir a tranquilidade daí?


Foto: Rodrigo Assmann

Como chegar: para quem sai de Santa Cruz, o ideal é escolher o roteiro que passa por Gramado Xavier. Chegando lá, basta ir até o fim da avenida principal e seguir as placas em direção ao município. Ao chegar em Boqueirão, não tem erro. Uma placa em pleno Centro indicará que a cascata fica à esquerda. Siga o caminho e outra placa, nomeada Perau Gamelão, dará a boa notícia de que você está próximo. Ande mais cem metros e estacione o carro. 

Importante: leve um lanchinho, pois há vendinhas por perto. Verifique também as condições do carro. Não há como acessar Boqueirão do Leão sem trafegar por um bom percurso de estrada de chão.

Tempo estimado: 2 horas de viagem, saindo de Santa Cruz

 

4 – Camping Cascata de Barros Cassal

Nível de aventura: fácil

Avise a família, lote o carro e siga para a região Alto da Serra do Botucaraí. Se a intenção é fugir da praia, fazer aquele churrascão e, de quebra, ter uma vista de tirar o fôlego, o Camping Cascata de Barros Cassal é o lugar ideal. Também conhecida como Cascata Vila Toldo, o espaço impressiona. São 10 metros de queda e um extenso córrego de água rasa para boiar ou só molhar os pés.

Enquanto tomam banho, os visitantes também podem escolher: ou se deixam levar pelo visual da queda ou avistam uma extensa área verde, de gramado aparadinho.  O camping ainda  oferece quadras de vôlei e futebol, piscina, mesas de sinuca e pingue-pongue e churrasqueiras. Se a intenção for dormir, há espaço para acampar – R$ 25,00 – e ainda são ofertadas cabanas com diárias que variam entre R$ 50,00 e R$ 100,00. Para passar o dia, a taxa é de R$ 10,00. Reservas podem ser feitas pelo telefone (54) 99977 8380. 


Foto: Rodrigo Assmann

Como chegar: passe o trevo de Barros Cassal – onde uma santa está localizada – e siga mais sete quilômetros, ainda na RSC-153. Uma placa na cor verde indicará Cascata Vila Toldo, à esquerda. Percorra mais 4,5 quilômetros de estrada de chão e, pronto, você chegou ao balneário. É possível acessar o local de carro e não há trilha para chegar à cascata.
Bom-senso

Ao sair de casa, carregue junto o bom-senso.  Assim como vai conhecer, deixe as cascatas do jeitinho que encontrou: sem lixo.

Tempo estimado: 1h30 de viagem, saindo de Santa Cruz

 

5 – Cascata Nunes, Passo do Sobrado

Nível de aventura: médio

A queda d’água pode até não ser muito expressiva, mas o trajeto até lá compensa. A trilha inclui cerca de 800 metros de caminhada, e o cenário é um paredão de pedra que se harmoniza com o verde. Ao longo do caminho, ainda é possível parar em alguns pontos para admirar córregos cristalinos. O Balneário Cascata Nunes conta com espaço para camping, além de piscinas e toboágua. O valor para ingressar na propriedade é R$ 10,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 99525 8636.


Foto: Rodrigo Assmann

Como chegar: pegue a RSC-287 e siga em direção a Passo do Sobrado. Ingresse na rua principal da cidade e siga até o final. Uma placa indicará que o Balneário Cascata Nunes fica à esquerda. Basta seguir a sinalização.

Tempo estimado: 20 minutos de viagem, saindo de Santa Cruz

 

Obrigada, dona Roselaine

Não poderíamos finalizar esta reportagem sem um muito obrigada a dona Roselaine Morsch, proprietária da localidade onde está situada a Cascata Ferradura. Não fosse ela, eu e o fotógrafo Rodrigo Assmann dificilmente chegaríamos lá embaixo, na queda d’água. Explico: estávamos carregados com drone, tripé, câmeras fotográficas e digamos que não tínhamos uma certa inexperiência com trilhas um pouco mais difíceis (e lisas). Pois a agricultora não “se mixou”.

Largou seus afazeres na lavoura de fumo, nos acompanhou até a cascata e, não bastasse isso, ainda carregou  a caixa com o drone. O mais engraçado é que enquanto a dupla praticamente  “rastejava” na tentativa de encontrar qualquer raiz para se apoiar e não escorregar ladeira abaixo, a nossa guia cumpriu todo o percurso de pé, disparou lá na frente, e ainda encontrou equilíbrio para, no outro braço, levar junto a cachorrinha nenê.

O resultado vocês já podem imaginar. Rodrigo e eu cambaleando de cansados ao final da trilha e dona Roselaine, intacta, esperando pela próxima aventura. Valeu Roselaine!!!

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