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Preservação

FOTOS: um acervo repleto de histórias e boas lembranças

Foto: Alencar da Rosa

Coleção de miniaturas começou com o avô de Emigdio e continuou com o professor, que tem incontáveis peças guardadas

O professor de informática aposentado Emigdio Engelmann foi um dos primeiros a inserir a computação eletrônica no ensino em Santa Cruz do Sul. Após uma carreira de mais de 40 anos dedicada à armazenagem e ao acesso a dados, ele aposentou as máquinas e transformou o apartamento onde vive, no Centro, em um “disco rígido” de memórias de família. Engelmann herdou do avô materno e do pai o gosto pelas coleções. Além de ter ficado com as principais peças da família, ele ampliou o acervo e agora vive em meio às memórias de épocas que não viu, mas, com gosto, hoje preserva.

Os tesouros do colecionador estão distribuídos parte no apartamento, parte em uma propriedade em Sinimbu – onde a família já manteve até um museu – e parte com um dos filhos. “Ele irá abrir um café no Bairro Country. O espaço terá móveis e relíquias de nossa família”, contou o colecionador.

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Aficcionado por coleções e história, tudo vira recordação na vida do professor aposentado. Até mesmo livros e revistas da época em que ele era criança fazem parte do banco de dados de Engelmann. “Minha mãe encapava as revistas. Em muitas delas, era necessário adquirir as imagens para completar a coleção”, contou.

De quando a família era proprietária do Hotel Santa Cruz, Engelmann guarda uma das coleções mais pitorescas: lápis promocionais. De uma época distante em relação a dos atuais brindes – que vêm até na forma de pendrives –, os lápis promocionais preservam marcas e histórias de outros tempos. “Quem usa lápis hoje em dia, não é mesmo?”, indaga o colecionador.

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Um dos xodós de Engelmann são os minicopos e as garrafas de refrigerante da sua época de criança. Atire a primeira tampinha quem nunca ouviu falar da Laranjinha ou da Grapette, a qual, para o colecionador, não tinha gosto original de uva, mas de framboesa. Algumas garrafas têm o líquido original ainda, assim como o Abacate da Celina, envasado em Vera Cruz. “Estas garrafas são muito bonitas, originais da época. A Laranjinha era feita em Candelária”, revelou

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Tesouros guardados têm valor afetivo

Dentre as peças mais valiosas, pela importância histórica e o que representam, estão os álbuns de selos, as moedas raras e as miniaturas. “As peças eram do meu avô, muitas delas, vindas de Portugal”, contou Engelmann. Os tesouros dele têm valor afetivo, remontam a um tempo que Emigdio não viveu, mas sobre o qual cresceu ouvindo falar.
Relíquias da época do Brasil Império, com quase 200 anos, estão entre os objetos colecionados pelo professor aposentado. Peças raras, muitas da Europa, misturam-se a outros colecionáveis adquiridos por Engelmann. Ele tem raros discos compactos dos Beatles e compactos duplos dos grandes sucessos do quarteto de Liverpool. “Tenho discos de óperas e operetas em 78 rotações, compactos simples e duplos, como os mais raros dos Beatles, além de dezenas de LPs de rock de minha época. As coleções de gibis e de álbus de figurinhas também são consideradas relíquias nos dias de hoje.”

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Na informática, a palavra backup significa copiar para manter a segurança dos dados. Acostumado com backups na vida profissional, Engelmann elegeu os filhos, Eduardo Henrique e Gustavo, para serem os portadores das memórias dele e da família. Todo o acervo ainda ficará com eles, como um backup para o futuro. “Colecionar é preservar o passado, valorizar aquele tempo e guardar uma certa nostalgia. Eu gosto disso”, complementou Engelmann.

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