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ECONOMIA

Indústria forte puxa outros setores, avalia vice-presidente da Fiergs

Foto: Bruno Pedry

Empresas vão ganhar espaços no Distrito Industrial 2

Ranking elaborado pela consultoria Urban Systems mostra que Santa Cruz do Sul está entre as principais cidades do Brasil quando o assunto é investimento. O levantamento contratado pela Revista Exame mostra que a força da indústria do município coloca Santa Cruz na 20ª posição, em nível nacional, para investimentos nesse setor. Já no Estado, Santa Cruz está em primeiro lugar: é a melhor do Rio Grande do Sul para se investir na indústria.

O estudo, chamado Melhores Cidades Para Fazer Negócios 2.0, também colocou a cidade em excelentes posições para investimentos no segmento imobiliário. Nesse quesito, Santa Cruz está, também, em primeiro lugar no Estado e em 96ª posição no País. O ranking nacional ainda destaca os setores locais de serviços (78ª posição) e agropecuário (99ª), também fortemente impulsionados pela força das chaminés do Distrito Industrial.


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O relatório compara as cidades com população acima de 100 mil habitantes, medindo dez indicadores socioeconômicos: empregos no setor industrial, empregos com alta e média remuneração, estabelecimentos industriais, renda do trabalhador na indústria, exportação, distância para aeroporto com voos regulares, distância do porto, paralisações no serviço de água, rodovias federais e concentração de empregos no setor.

Para o vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Flávio Haas, Santa Cruz dá exemplo quando o assunto é indústria. “As indústrias de Santa Cruz vendem para o mundo e, embora o tabaco seja o principal, há participação de outros produtos fabricados e comercializados a partir do município”, avalia.

Haas salienta que o retorno fiscal das exportações – sobretudo do tabaco e seus produtos manufaturados, como o cigarro, produzido em duas plantas – tem relevância na economia, fazendo com que todo o município cresça. “O segmento do tabaco é menos vulnerável às crises também. Enquanto outros municípios industriais tiveram dificuldades em seus segmentos, Santa Cruz seguiu com a estabilidade do mercado do tabaco.”

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O vice-presidente regional da Fiergs acredita que a força da própria indústria, que coloca o município na 20ª posição entre as melhores para se investir, acaba movimentando os demais segmentos econômicos considerados no estudo da Urban Systems. “A indústria acaba atraindo recursos para o município, fazendo com que os setores imobiliário e de serviços também cresçam”, complementou Haas.

Outro destaque positivo é o setor de serviços. O estudo avalia os desempenhos na geração de empregos no setor, estabelecimentos de serviços, banda larga de alta velocidade, renda do trabalhador e qualificação. O município figura em sexto no Rio Grande do Sul, atrás de Porto Alegre, Bagé, Santa Maria, Pelotas e Rio Grande. No País, Santa Cruz está na 78ª posição.

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A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Carina Inês Panke da Silva, acredita que, com o passar dos anos, o segmento dos serviços também ficará entre as primeiras posições. Segundo ela, todo o polo educacional – responsável por qualificar a mão de obra do município – entra nessa conta, assim como os investimentos e iniciativas na área do turismo. “Esse setor, sozinho, movimenta outros 50 tipos diferentes de serviços. Acabamos de apresentar o Plano Municipal de Turismo e eu tenho certeza de que, em mais alguns anos, Santa Cruz estará entre as lideranças também nesse quesito”, ressaltou a secretária municipal.

Carina diz que o empreendedor local merece os “parabéns” por enfrentar as dificuldades da pandemia “de peito aberto” e ainda manter o bom desempenho do município. “Essa é a confirmação de que a nossa cidade é um ótimo ambiente para se investir”, frisou.

Tabaco é o principal produto no campo e na indústria

No segmento agropecuário, Santa Cruz do Sul aparece em quinto lugar no ranking gaúcho e em 99º no nacional, dentre as principais cidades para se fazer negócio. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol e Herveiras, Renato Goerck, revela que, embora exista diversidade, o carro-chefe na maioria das propriedades rurais é o tabaco: o mesmo ingrediente que movimenta a indústria e todo o resto da cadeia econômica santa-cruzense.

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“Há algum tempo nós não somos mais o principal produtor de tabaco na região, mas conservamos a atividade como fundamental nas propriedades”, disse Goerck. Segundo ele, na esteira do desenvolvimento rural, Santa Cruz do Sul começa a registrar o crescimento na produção de hortifrútis e até mesmo da soja, que ganhou a simpatia das pequenas propriedades. “O preço da soja está muito atrativo, o que colabora com a ampliação da área plantada na região.”

Outro produto que, aliado ao tabaco, tem ganhado notoriedade no campo em Santa Cruz é o leite. Feito o ajuste necessário às normas sanitárias vigentes, as poucas propriedades que se mantiveram ativas no segmento tornaram-se grandes centros de produção. “O setor leiteiro obteve destaque nos últimos anos. Isso tudo junto colabora para o desenvolvimento da economia no campo”, observou.

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Imóvel, um investimento que rentabiliza

O presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Flávio Bender explica que o “DNA” industrial do município faz outros setores – como o imobiliário – despontarem como alternativas ao investimento. “Se olharmos para os últimos 20 ou 30 anos, Santa Cruz sempre teve como característica a valorização imobiliária. Diferente de outros grandes centros, nos quais a construção aquece e ocorre a sobreposição de valor, no município ocorre a valorização dos imóveis”, explicou.

O presidente da Seisc ressalta que o setor – que, segundo a Urban Systems, coloca Santa Cruz na 96ª posição nacional e primeira no Estado – é um dos responsáveis pela continuidade da economia, mesmo em meio aos desafios da pandemia. “Isso tudo reforça que o investimento concentrado aqui tem ligação com a economia da cidade. Além da indústria forte, somos um polo de Ensino Superior, e isso movimenta muito o setor de aluguéis”, destacou o empresário.

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