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BOM DESEMPENHO

Alunos do Mauá são premiados em Olimpíada de Educação Financeira

Castoldi foi o primeiro lugar no nível 4, que inclui alunos do 9o ano do Fundamental

O Colégio Mauá se destacou na segunda edição da Olimpíada Brasileira de Educação Financeira (Obef). Realizada anualmente pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a competição é dividida em cinco níveis conforme a série na qual o estudante se encontra. Dois alunos santa-cruzenses alcançaram a primeira colocação entre os premiados: Eduardo Sartori Castoldi e Manuela Friedrich Kohls, ambos do 9º ano do Ensino Fundamental. Em 2020, em razão das limitações impostas pela pandemia de Covid-19, as provas foram realizadas de forma virtual.

O diretor-geral do Colégio Mauá, Nestor Raschen, comemorou o desempenho de seus estudantes e afirmou que o resultado é fruto do empenho e esforço deles, impulsionados pelo trabalho dos professores nas aulas de matemática. Raschen destacou a importância do tema educação financeira, pouco difundido nas salas de aula e, ao mesmo tempo, de grande importância para a sociedade brasileira, visto que a falta desse conhecimento resulta em problemas como gastos excessivos e dívidas.

O diretor do colégio ainda salientou a importância do incentivo das famílias para que os estudantes manifestem esse interesse, e reforçou a integração delas com a escola.

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ENTREVISTA – Eduardo Sartori Castoldi 15 anos, 1º colocado na Obef para o nível 4

Como surgiu o interesse por educação financeira, um tema pouco comum para jovens?

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Há dois anos, adquiri o hábito de reservar um tempo da minha semana para reflexões. Naquela época, eu estava no final do 7o do Ensino Fundamental, longe do Enem e dos vestibulares. Até que surgiu uma dúvida, muito comum em estudantes: “O que eu quero ser quando crescer e o que preciso fazer para alcançar isso?”. Refleti muito, até eu perceber que provavelmente iria mudar de opinião algumas vezes ao longo dos anos. Então, elaborei uma pergunta mais inteligente e útil: “O que eu vou precisar saber para ter uma vida melhor, independentemente da profissão?”. Rapidamente eu pensei na educação financeira, afinal, qualquer indivíduo precisa saber cuidar do seu dinheiro da melhor forma, em todas as idades. No dia seguinte eu já estava estudando o assunto, sozinho e gratuitamente, por meio da internet.

Teve o incentivo de alguém ou isso partiu de você mesmo?

Após um tempo, o meu irmão, Marco Antônio S. Castoldi, ficou sabendo que eu gostava desse assunto e começou a me incentivar. Meus professores de matemática, também. Acredito que o apoio de familiares e professores é importante, pois muitos adolescentes têm vergonha de conversar sobre dinheiro porque há o tabu de que “dinheiro é coisa de adulto”.

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Aliás, esse tabu tem gerado pontos ruins para o País: cerca de 70% dos brasileiros estão endividados. A partir disso, fica a reflexão: “Será que essa porcentagem iria continuar tão alta, se desde cedo fosse ensinada uma boa educação financeira?”. Continuei estudando e atualmente tenho investimentos na Bolsa de Valores. Não é uma quantia grandiosa, e sim uma que eu controlo e me permite entender o mercado financeiro. Comecei cedo porque posso investir, errar e aprender rapidamente sem prejudicar ninguém; pois tenho um tempo livre; para estar preparado quando virar adulto e para o efeito dos juros compostos ser ainda maior.

Como foi a preparação? Dedicou tempo especificamente para esse objetivo ou decidiu participar com os conhecimentos que já tinha?

Confesso que não estudei especificamente para essa Olimpíada. Na verdade, minha colocação foi consequência do que eu estudo para a vida e aplico nos investimentos. Fiz essa prova pela internet, e conquistei o primeiro lugar (medalha de ouro). Foi a minha estreia e a de alguns conhecidos do meu colégio nessa competição, embora ela tenha sido criada há alguns anos (a ideia de educação financeira é pouco difundida entre jovens). Fiquei sabendo que outros alunos também tiveram bom desempenho.

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Como se sente em relação a isso, é um incentivo a mais para continuar estudando?

Fiquei orgulhoso com os meus resultados. Porém, no âmbito da sociedade, acredito que há muito o que mudar. Começando pela educação, onde há uma maior preocupação em ensinar conteúdos para o vestibular do que para a vida. “Por quais motivos eu preciso saber mais sobre a reprodução de samambaias do que como cuidar do meu dinheiro?”

OS PREMIADOS

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Eduardo Sartori Castoldi – 1º lugar – 9º ano do Ensino Fundamental

Manuela Friedrich Kohls – 1º lugar – 9º ano do Ensino Fundamental

Amanda Daiane Parkert – 2º lugar – 1º ano do Ensino Médio

Nathalie Rabuske Helfer – 2º lugar – 2º ano do Ensino Médio

Thiago Henrique Schmidt – 2º lugar – 2º ano do Ensino Médio

Rodrigo Baldo Moraes – 2º lugar – 8º ano do Ensino Fundamental

Geovana Severo Sassen – 2º lugar – 2º ano do Ensino Médio

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