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POLÊMICA

Polícia Federal arquiva denúncia sobre o Enem em Santa Cruz

Foto: Iuri Fardin

Estudantes registraram ocorrência na delegacia

Doze candidatos que não puderam realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Santa Cruz do Sul registraram ocorrência na delegacia da Polícia Federal na cidade.

Segundo os estudantes que foram prejudicados, mesmo chegando no horário previsto, eles foram impedidos de entrar nas salas de aula por causa dos protocolos de segurança contra a transmissão do novo coronavírus. As salas, com capacidade para 32 alunos, foram ocupadas por 16 concorrentes.

O processo seletivo para o Ensino Superior e aquisição do financiamento estudantil foi aplicado na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) no último domingo, 17. O Enem é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

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De acordo com o delegado da PF, Elton Manzke, a denúncia na delegacia em Santa Cruz foi arquivada pelo fato de não configurar crime. “Eles (os estudantes) vieram basicamente para receber um comprovante de que compareceram no local da prova, e resguardar o direito de fazê-la em uma segunda etapa. Analisamos a situação no mesmo dia e conversamos com a supervisão do Inep. E hoje (ontem) ouvi a coordenação municipal do Instituto a respeito disso. Não se caracterizou ilícito penal, porque isso aconteceu em razão de um equívoco no planejamento por parte do Inep”, explicou.

Conforme Manzke, a coordenação municipal do Inep informou que tanto os candidatos que não puderam entrar nas salas pela lotação quanto os que não puderam comparecer na Unisc, no domingo, terão direito a fazer o exame.

De acordo com o Inep, a taxa de ausências nas provas do Enem no Rio Grande do Sul foi de 51,9%. Dos 245.877 inscritos para realizar o exame, apenas 118.311 candidatos compareceram aos 612 locais distribuídos em mais de 10 mil salas de aula, em 106 municípios gaúchos.

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Candidatos prejudicados estão agora sem informações
O estudante Arthur Sebastiany Alves, de 18 anos, chegou ao local da prova 15 minutos antes do fechamento das salas, e foi impedido de entrar. Segundo ele, pelo menos 40 pessoas não conseguiram fazer o Enem em virtude do protocolo de segurança contra a Covid-19, que restringiu o número de alunos em cada sala de aula.

Arthur faz parte de um grupo de WhatsApp com 16 pessoas que foram impedidas de realizar a prova. Até o momento, os estudantes não receberam a confirmação de que poderão finalizar o processo seletivo.

“A gente ainda não foi informado por nenhum órgão oficial. Ligamos para o número do Inep, e apenas uma pessoa do grupo conseguiu falar com algum atendente, o resto ficou só no atendimento eletrônico.” Ao solicitar informações através do atendimento eletrônico no site do Inep, o jovem santa-cruzense recebeu a informação de que deveria aguardar uma resposta por e-mail.

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O site do Inep divulga que os interessados em fazer a reaplicação da prova em virtude de incidentes logísticos têm até 25 de janeiro para fazer a solicitação, exclusivamente pelo endereço eletrônico. A prova deverá ocorrer nos dias 23 e 24 de fevereiro. Segundo o Instituto, cada pedido de reaplicação vai ser analisado individualmente.

De acordo com o edital do Exame Nacional do Ensino Médio, são considerados incidentes logísticos “desastres naturais (que prejudiquem a aplicação devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural), falha no dispositivo eletrônico fornecido ao inscrito que solicitou uso de leitor de tela, erro de execução de procedimento de aplicação pelo aplicador, que tenha, comprovadamente, causado prejuízo ao participante, entre outros casos.”

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