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INDÚSTRIA DO TABACO

Contratação de safreiros está atrasada neste ano; veja qual a projeção para os próximos meses

O volume de contratação de trabalhadores sazonais para as linhas de produção nas indústrias do tabaco está 12% menor, com base no volume de empregos do ano passado para a época. O dado faz parte de um levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) e aponta que o período de safra deverá ser prorrogado.

O presidente eleito do sindicato, Gualter Baptista Júnior, explica que em 20 de fevereiro de 2020 – antes da pandemia do coronavírus chegar ao Brasil – o volume de trabalhadores sazonais nas indústrias era de 3.997. Neste ano, usando como ponto de corte a mesma data, o total que já estava empregado era de 3.517, ou seja, uma redução de 12% na comparação direta entre os dois anos. “Esta safra tem uma grande expectativa, por conta da necessidade do produto processado na indústria e também pela qualidade do tabaco. Isso nos tranquiliza até certo ponto”, pondera Baptista.

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No entanto, ele conta que a própria safra, ou melhor, a finalização dela na lavoura, foi atrasada em função da estiagem que atingiu o Estado entre o fim do ano de 2020 e o início de 2021. “As contratações ocorrem na medida em que o produto ingressa na produção. Como a comercialização ainda está ocorrendo, este processo está sendo mais demorado.”

Outra explicação é a pandemia da Covid-19. Os altos índices de contaminação e o avanço da doença nas últimas semanas têm feito com que a indústria – mesmo com a possibilidade de operar, e com todos os rígidos protocolos adotados mundialmente para o controle e segurança do trabalhador – esteja apreensiva, e aguardando os desdobramentos, como a maior oferta de vacinas para impulsionar a produção, por exemplo. “Esta é sim uma realidade, uma vez que todos os dias vemos os índices de crescimento na ocupação de hospitais e casos ativos na nossa região”, comenta Baptista.

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Contratações mais duradouras neste ano

Como os trabalhadores chamados estão em quantidade reduzida para o padrão histórico do mês de fevereiro, a tendência é que o maior número de sazonais comece a ingressar no trabalho entre os meses de março e abril. De acordo com o presidente eleito do Stifa, a expectativa da entidade é que se atinja o pico das contratações até maio, situação esta que fará com que a atividade seja prolongada. “Projetamos que, se em um período normal os contratos vão até agosto e setembro, neste ano, por conta deste retardo inicial da safra, os sazonais sigam até os meses de outubro e novembro”, revela.

A expectativa também segue otimista. Os índices do mercado do tabaco – no que se refere a safra e comercialização do produto pela indústria – apontam para um crescimento no número de safreiros. “Esta projeção é feita em cima da necessidade e da qualidade do nosso produto na comparação com o resto do mundo. Estamos muito otimistas, pois o mercado também está”, complementa o presidente eleito do Stifa.

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