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PÉSSIMAS CONDIÇÕES

RSC-153: buracos no asfalto são desafio para escoar a safra

Foto: Rafaelly Machado

Crateras e remendos soltos multiplicam-se e dificultam a condução em vários trechos

Marcante pelas belas paisagens entre vales e montanhas, a RSC-153 esconde perigos na precariedade do asfalto. A rodovia absorve o trânsito de caminhões graneleiros vindos do Norte do Estado em direção ao porto de Rio Grande. Com isso, cada safra torna-se um sufoco para quem encara o trecho entre Barros Cassal e Vera Cruz. De Barros Cassal a Soledade, um serviço recente de recapeamento melhorou as condições para o tráfego de veículos.

O caminhoneiro João Marek, de Barão de Cotegipe, costuma passar pela rodovia semanalmente com cargas de soja na carreta. Para ele, a RSC-153 é o pior trecho da viagem. “São muitos buracos. Em alguns pontos, não tem como escapar. O prejuízo é imenso a cada viagem. A gente encontra verdadeiras crateras”, salienta o profissional de 50 anos.

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O borracheiro Marcos Roberto Carneiro Elesbão está há um mês prestando serviço na localidade de Pinhal Santo Antônio, ao lado de um posto de gasolina. No período, já percebeu o drama vivido por motoristas. “É pneu cortado, às vezes mais de um, aro arrebentado. Tem gente que sofre acidente ao tentar desviar. Quando chove, enche de água e não dá para ver. É complicado”, relata.

Em muitas ocasiões, motoristas não conseguem desviar dos buracos que surgem na via | Foto: Rafaelly Machado

No vilarejo, Marcos mora ao lado de uma mecânica. “Todos os dias chega algum carro com problema. A manutenção custa caro para quem utiliza a rodovia sempre”, comenta. Outro problema é a limpeza. O mato alto atrapalha a visibilidade das placas. “Os moradores pagam para alguém roçar o trevo e o acostamento. Quando o Daer faz algum serviço, seja de roçada ou tapa-buraco, não dura muito tempo.”

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O coordenador da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), João Paulo Reis Costa, é usuário frequente da rodovia. Para ele, a sensação é de abandono. “Parece aquelas estradas em filmes de guerra. Buracos de fora a fora, placas caídas e desbotadas. Pintura da pista comprometida e mato alto em pontos de baixa visibilidade”, elenca. “As operações tapa-buracos ajudam durante um ou dois meses. Depois volta tudo ao normal. O material colocado não é fixado como deveria.”

Em fevereiro, o deputado federal Heitor Schuch pediu providências ao secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella. Os prefeitos da região acompanham a reivindicação e aguardam pelo anúncio de melhorias de parte do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). “Estamos preocupados com o movimento da safra. Alguma coisa precisa ser feita para recuperar as condições de trafegabilidade da rodovia”, frisou Schuch na solicitação.

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