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Causa animal

Abrigo São Francisco de Assis busca alternativas para manter estrutura

Foto: Lula Helfer

Localizado em Cerro Alegre Alto, em Santa Cruz do Sul, estrutura tem atualmente cerca de 240 animais de médio e grande porte

O Abrigo São Francisco de Assis (Asfa), localizado em Cerro Alegre Alto, no interior de Santa Cruz do Sul, busca reverter o processo de fechamento de suas atividades, iniciado em outubro do ano passado. O período máximo de três anos para entregar a área pertencente à Prefeitura foi estipulado pela própria associação que mantém o abrigo, e pela responsável da instituição. Desde então, feiras de adoção foram realizadas e, dos 260 animais, restam 240 sob a guarda da organização. A responsável pelo local, Fátima Garcia, que atua há 20 anos como voluntária na entidade, revela que pretende buscar ajuda financeira do poder público municipal para manter a estrutura.

“Na época, eu não podia falar porque estávamos passando por uma vistoria, mas o que me motivou a encerrar as atividades foi uma falsa denúncia de maus-tratos feita por outra voluntária. A partir daí, houve vistoria no local pelo órgão competente, que comprovou que não há maus-tratos no abrigo. No entanto, determinou o cumprimento de algumas exigências para continuarmos o atendimento. São medidas que infelizmente fogem da nossa realidade, que não temos condições de realizar”, conta.

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Segundo Fátima, entre as exigências está a presença de um médico-veterinário todos os dias no abrigo e também nas feiras de adoção, além de mais medicamentos e equipamentos na enfermaria. “Pensei melhor e decidi lutar por esse espaço, porque temos uma infraestrutura muito boa aqui. Se uma ONG assumir com o apoio da prefeitura, não precisaremos fechar, até porque é a vida desses animais que está em jogo. Por isso, vamos apresentar essas reivindicações e aguardar que alguém assuma o abrigo. Minha saída é irreversível, mas me comprometo a ajudar por mais alguns meses” complementa.

O abrigo hoje é mantido com contribuições de 200 associados e outras doações. A Prefeitura cedeu o terreno e há cerca de dois anos faz o repasse mensal de 40 sacos de ração para a entidade, cada um contendo 15 quilos.

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Bruna Molz diz que fechamento é inviável

No início do ano, Fátima Garcia procurou a vereadora Bruna Molz (Republicanos), ativista da causa animal, para pedir apoio. Sensibilizada com a situação, Bruna solicitou a designação de um médico-veterinário ao São Francisco de Assis. No último dia 10, o Legislativo aprovou requerimento para que o Executivo designe um profissional capaz de atender os animais uma vez por semana.

“O abrigo hoje conta com uma grande quantidade de animais resgatados, são cerca de 240, e sabemos da dificuldade de conseguir adotantes responsáveis para todos. Por isso o fechamento do é inviável, visto que hoje nenhuma ONG, nem o próprio Canil Municipal, tem estrutura para receber todos esses animais. A vida e o bem-estar deles devem ser resguardados”, defendeu a vereadora.

Contudo, o secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Santa Cruz do Sul, Jaques Eisenberger, afirmou que o processo envolve questões jurídicas e a demanda está sendo analisada.

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“Recebemos as reivindicações e estamos analisando como podemos ajudar. Algumas são mais fáceis de se resolver, outras são complexas, como a questão do médico-veterinário. Sendo do Município, como ele irá prestar serviço ao abrigo, que é uma associação privada? Teremos que decidir isso com a procuradoria”, enfatizou Eisenberger. Em abril, uma reunião com o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, e a Prefeitura servirá para tratar dessas questões.

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