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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A aposta

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Creio que é preciso deixar claro, desde já, que não sou fã do Big Brother. Não pense o leitor que é birra minha contra o programa, ou uma revolta pseudointelectual contra a cultura de massa, ou algo do tipo. Simplesmente acho monótono o desencadear das intrigas dentro da casa. Só isso.

Contudo, é tecnicamente impossível ficar alheio aos fatos que transcorrem naquele ambiente, ou não conhecer ao menos parte dos personagens que o habitam. Tais informações estão em toda parte, não há como fugir delas. Seria necessário passar cem dias isolado no meio da Floresta Amazônica para ignorar totalmente o que acontece no BBB.
Então, em dado momento, soube que transcorria o último paredão antes da final, e que estavam na berlinda o Arthur, o Eliezer e o DG. Este último já havia conquistado minha simpatia há muito mais tempo, por sua excelente atuação em Cidade de Deus e Cidade dos Homens, e por seu estilo animado e bonachão. E, entre os outros dois, decidi apostar minhas fichas no Eliezer.

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Pelo que eu soube, o Eliezer, embora muito azarado, converteu-se no último remanescente de certo grupo – Os Pipocas, Os Pirulitos, ou algo do tipo – que, sistematicamente, foi sendo exterminado dentro da casa. Solitário, tornou-se o grande alvo de deboche do núcleo que encontrava-se em vantagem numérica. Tornou-se o isolado, o excluído, o pisoteado.

Nisso, o camaradinha de bigodes ao estilo do século 19 conquistou minha simpatia e – pensava eu – a torcida dos brasileiros. Tal impressão ganhou força quando fui informado de que o Eliezer já havia despachado, em outro paredão, um certo Gustavo, expoente do grupo rival, que havia se autointitulado como “O Caçador de Pirulitos”, ou algo do tipo.

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– É agora que o Arthur vai bailar.

l l l

Admito: falei sem muita convicção. No fundo, falei-o mais para inticar com a Isadora, que, acertadamente, já previa o Arthur como campeão. E ela prontamente anunciou:

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– Mas pai – retrucou a Isadora –, eu nem tenho advogado…

Foi então que a caçula, Ágatha, intrometeu-se na conversa. Empertigada, virou-se à irmã mais velha e avisou:

– Pois agora tem! Deixe comigo!

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Porém, a seguir baixou o tom para perguntar:

– O que faz um advogado?

l l l

Uma vez esclarecida sobre as suas atribuições como advogada, Ágatha passou a confabular com a irmã sobre as estratégias e argumentos a serem apresentados perante o juiz e – claro – sobre os seus honorários. E, nesse quesito, ainda não houve acordo entre defensora e cliente. O BBB até já acabou e as duas continuam discutindo percentuais.
Com isso, a causa segue parada – o que não me favorece muito. Os juros de 100% ao dia continuam correndo.

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