A sensação de estar na Feira do Livro é semelhante à de estar em casa. É como poder retornar para o meu habitat, o meu chão. Por isso, dificilmente me contento em ir uma vez só. Percorrer as bancas, parar em cada uma delas, folhear os mais diversos livros, me encantar com as capas e seus títulos e querer levar pra casa vários deles é costumeiro. Se isso já ocorre nas idas às  livrarias, imaginem em uma feira como a de Santa Cruz do Sul, sempre tão rica em participação de bancas e livreiros. 

Fazer esse passeio entre as bancas é o mesmo que revisitar minhas memórias. Revisito as prateleiras das bibliotecas das minhas antigas escolas, onde passava boa parte do intervalo escolhendo o próximo livro para ler em casa. Revisito a casa dos meus pais, onde eu driblava o sossego do interior (entediante, na época, para a então adolescente) com as leituras que me faziam viajar e perder a noção de tempo.

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Mas foi no Espaço Sesc Erico Verissimo, montado junto à Feira do Livro e que marca os 120 anos do escritor, que revisitei as memórias nas quais eu me via fascinada por uma boa narrativa. Lembrei de uma tarde chuvosa em que passei lendo, compulsivamente, as páginas de “O Continente”, um dos livros da série literária “O Tempo e o Vento”, um dos tantos clássicos de Verissimo. Foram livros como esse que me despertaram a vontade de escrever e também querer contar histórias. 

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Nessa terça, quando ajudei a apresentar o Chá da Uma, programa da Rádio Gazeta FM 107,9, ao vivo da feira, percebi um público igualmente encantado pelos livros. Enquanto fazia as entrevistas externas com leitores e expositores, vi a diversidade de preferências – desde o mangá até os livros de filosofia; vi autores concedendo autógrafos; vi professores acompanhando e estimulando seus alunos a acessarem esse universo mágico da literatura; vi pais e mães acompanhando seus filhos e os presenteando com livros.

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Vi, sobretudo, que o livro impresso, mesmo em tempos tão digitais, segue vivo e pulsante. E seus autores, como Verissimo e tantos outros, eternizados. Que esse esforço coletivo em prol
da leitura também resista!

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Cláudia Priebe

Cláudia Priebe é natural de Candelária (RS). Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) desde 2005, onde também concluiu especialização MBA em Agronegócios, em 2008, começou a atuar na área ainda em 2002. Sua primeira experiência foi no meio impresso, no Jornal de Candelária, local em que, por mais de dois anos, desenvolveu atividades como repórter, fotógrafa e revisora. Entre 2005 e 2008 atuou no grupo das Rádios Sobradinho AM 1110 e Jacuí FM 97,3, em Sobradinho (RS). Nesse período desenvolveu atividades como redatora, repórter de rua, locutora e produtora de programas jornalísticos, além de fazer apresentações de eventos promovidos pelas duas emissoras. Em 2008 retornou para o meio impresso, desta vez para o jornalismo especializado, e atuou como jornalista freelancer da Editora Gazeta, da Gazeta Grupo de Comunicações. De 2009 a 2015 integrou a equipe da Folha de Candelária, também em Candelária, tendo acumulado as funções de repórter, fotógrafa, revisora e subeditora nos três primeiros anos e a edição geral, coordenando uma equipe de outros quatro repórteres, nos três anos finais. Nesse mesmo período prestou serviços para a Cassol Publicidade e Propaganda, de Candelária, na redação semanal das sessões da Câmara de Vereadores de Candelária. Entre os anos de 2015 a 2023 atuou como assessora de imprensa do Sindicato dos Empregados no Comércio de Santa Cruz do Sul, sendo responsável pela comunicação interna e externa da entidade, bem como pela produção e edição de materiais gráficos diversos. Em 2023 retornou para a Gazeta Grupo de Comunicações, onde atualmente se dedica à produção e edição de conteúdo para os cadernos especiais do jornal Gazeta do Sul e de conteúdos patrocinados para o Portal Gaz, atendendo clientes de segmentos como comércio, indústria e prestação de serviços. Eventualmente, atua, também, como revisora do jornal.

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