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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

À espera do milagre

Existem 904 mil pessoas à espera de cirurgia eletiva no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes estados e municípios. O dado é do Conselho Federal de Medicina (CFM). As cirurgias eletivas não são de emergência ou urgência. Os números são resultado de pesquisa feita com base em dados fornecidos pelas secretarias da saúde de 16 estados e dez capitais até junho passado. Outros sete estados e oito capitais não enviaram os dados. É o primeiro levantamento do gênero e, por isso, não é possível traçar comparativos.

Na lista de espera, a maioria dos pedidos de cirurgia é de catarata, hérnia, vesícula, amígdalas e adenoides, além de cirurgias ortopédicas. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Ceará apresentam o maior número de cirurgias pendentes. Entre as capitais e estados que disponibilizaram informações de perfil dos usuários, as mulheres representam 67% dos pacientes que aguardam algum tipo de procedimento especializado.

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Nos Estados Unidos, o ex-presidente Barack Obama lançou em 2010 o chamado Obamacare – a Lei de Proteção e Cuidado Acessível ao Paciente – PPACA, na sigla em inglês). O objetivo era ampliar o acesso dos cidadãos à cobertura de saúde. A rigor, não existe naquele país um sistema de saúde pública, apenas planos privados. Isso dá a dimensão do que o SUS significa em termos de alcance junto àqueles mais carentes.

Dizer que o SUS é um instrumento perfeito e acabado que atende às necessidades do País não é verdadeiro. Existem inúmeras carências e dificuldades, mas o atendimento contempla uma parcela significativa de pessoas que jamais terão condições de contratar um plano privado de saúde.

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A fila de espera de cirurgias é um aspecto dramático do sistema de saúde pública brasileiro. É preciso comprometimento de todas as autoridades municipais, estaduais e de Brasília na busca de soluções para reduzir essa espera. Por isso, em 2018, o voto será ainda mais precioso. E por isso não deve ser desperdiçado.

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