Numa cidade da grande Porto Alegre, bem no centro, há um café muito frequentado. Ambiente repleto e numa das mesas estava um profissional bastante forte financeiramente, mercê de suas ligações com pessoas de má conduta. Estava cercado de amigos com quem gostava de jogar futebol. Andava com carros de luxo, de Jaguar para cima.
Surge uma moto na frente do café, com dois passageiros. O condutor deixa o veículo funcionando enquanto o carona entra no recinto. Bem-vestido, dirige-se à moça do balcão e indaga:
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“É aquele ali de camisa branca, naquela mesa.”
O rapaz caminha até a mesa, se dirige ao da camisa branca e pergunta como vai. O dr. X responde que tudo bem. Nesse momento o rapaz saca de uma Glock 43, 9 mm, 11 tiros, e descarrega as balas no peito do doutor. Rapidamente saca de outra pistola, vira-se para o pessoal apavorado e pergunta: “Alguém mais quer experimentar minhas azeitonas??”
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Soube por alguns colegas que muitos réus, quando interrogados, diziam:
“Bota o que tu quer no papel que não vou falar nada. Uma condenação a mais não vai fazer diferença”.
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Relatou que atirava bem. Munição tinha à vontade. Falou que era da paz nos assaltos, mas ficava indignado quando alguém queria bancar o valente e aí sim descarregava o pente no xarope.
O que me horrorizou foi o desapreço por uma vida mais longa, por família, por criar filhos.
Um policial me comentou certo dia que tinha uma tese. Eles olham na TV gente linda, dentes impecáveis, mulheres lindíssimas às quais não teriam jamais acesso. A maioria, portanto, prefere colher logo as alegrias do dinheiro para, caso tenha azar e seja morta por malandros de outra facção, pelo menos já teria aproveitado a vida.
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Me choquei com um vídeo que circulou. Três integrantes de uma facção capturaram um adversário e o levaram a um lugar remoto. Fizeram-no cavar uma vala. Ele só disse que sabia que seu fim seria esse. Em seguida atiraram nele, que tombou morto. Nem suplicou por sua vida.
Onde erramos como nação?
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