Base da economia do Vale do Rio Pardo, a cadeia produtiva do tabaco esteve no centro de diversas discussões nos últimos anos no Brasil. Esses debates, sempre complexos e extensos, costumam colocar em confronto as organizações antitabagistas e autoridades sanitárias com as lideranças políticas das regiões produtoras, os agentes da indústria e os representantes dos agricultores.
Neste fim de década, a grande discussão que mobiliza o setor tanto quanto os seus opositores no País é a liberação, ou não, dos chamados dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) – na prática, os já bastante conhecidos, embora ainda proibidos em território nacional, cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido. Concebidos para substituir o cigarro tradicional, esses produtos já integram o portfólio das grandes empresas de tabaco no mundo e são cada vez mais utilizados em diversos países, dando novas perspectivas à cadeia em um cenário de alarmante migração de consumidores para cigarros oriundos do contrabando.