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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A guerra do Brasil contra si mesmo

Não há futuro plausível para o Brasil.

A palavra plausível significa: que se pode admitir, aceitar, razoável, que mereça aplauso.

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Quando estive no Japão, fiquei chocada com um comentário que ouvi de um senhor de 80 anos: “Vocês não têm identidade. São a mistura de colonizadores com escravos e índios, e o resultado disto cria um povo que vive desunido e dificilmente lutará pela mesma causa.” 

E aqui estamos, em meio a uma pandemia, afugentando investidores mundiais, tendo que lidar com mais mortes que o necessário frente a um sistema de saúde frágil, e em guerra fria do povo contra si mesmo, acreditando que estamos salvando o Brasil.

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O que queremos de verdade? Usamos o verde e amarelo quando nos interessa. Queremos mudar o sistema e nos colocamos uns contra os outros. Enquanto isso, novos jogos de poder se armam e o sistema se fortalece. Ignorantes de ontem são doutores da medicina e da política de hoje, democratas defendem intervenção militar, pessoas educadas aceitam a falta de educação e de decoro para justificar o injustificável. Não está bom para ninguém. Porque continuamos neste transe estúpido que não beneficia nenhum brasileiro, apenas fomenta a discórdia e a ilusão de que a partir de agora o Brasil será diferente. Não será.

Nas projeções emergentes, a cada semana nosso cenário piora, nosso senso comum se fragmenta e nossa falta de consciência se escancara em debates imbecis nas redes sociais, latrinas da vida moderna e fonte de ignorância para muitas pessoas que não cultivaram o hábito da boa leitura. O nível de pensamento crítico é zero. Tornou-se um paraíso para tolos, bots e vampiros, uma caverna de meias-verdades estúpidas, como diz Frank Spencer, colega americano. Não se pode ter uma conversa inteligente por lá, que dirá construir um futuro razoável desta forma.

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