O Planejamento Financeiro é a forma como cada pessoa e/ou família administram suas receitas. Está relacionado aos objetivos de vida de cada um e/ou do grupo familiar. Um Planejamento Financeiro precisa trazer resultados, permitindo realizar sonhos materiais (compra de algum bem) ou imateriais (uma viagem). A base para melhor fazer isso, respeitando as características da personalidade financeira de cada participante, é a Educação Financeira.
Nas finanças, um dos princípios básicos é que não se deve gastar mais do que se ganha. Aliás, o ideal é gastar menos. Todos sabemos isso, às vezes repassado de uma forma até empírica de pai para filho. Por quê , então, que a maioria das pessoas ignora, não consegue ou não quer observar esse princípio?
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Uma das causas principais para essa quebra de planejamentos financeiros é que o ser humano tem dificuldades em se imaginar no futuro. Certamente, é algo que está em nosso DNA, desde nossos ancestrais, que viviam um dia de cada vez. A caça, por exemplo, principalmente nos dias mais quentes, teria que ser consumida rapidamente para não se deteriorar. A expectativa de vida dos humanos era baixíssima, além de estarem, permanentemente, à mercê de animais predadores e inimigos, não existindo uma visão de futuro de maior horizonte. Esta mesma disposição ancestral é replicada ainda hoje, sob outras formas, é claro, pelas pessoas que buscam o prazer imediato. Estudos das ciências comportamentais, que juntam conhecimentos da psicologia, das finanças e da economia, seguem por essa linha de raciocínio.
O primeiro passo, então, para desenvolver o hábito de controlar o orçamento é ter consciência dessas características próprias do ser humano. Depois, aprender conhecimentos relacionados com as finanças pessoais e que são divididos em dois grupos principais: 1º) conhecimento financeiro: saber o que é uma dívida, a poupança, investimentos e consumo consciente; utilizar algumas ferramentas básicas para anotar, em cadernetas ou aplicativos eletrônicos, os desembolsos efetuados; conhecer produtos financeiros; inteirar-se da tributação prevista em cada produto financeiro;2º) comportamento – é o conhecimento mais difícil de ser identificado e aprendido porque mexe com sentimentos e emoções: fazer escolhas que cabem no orçamento; ter paciência e disciplina; pagar a si mesmo antes de qualquer outra conta; estar sempre ligado para identificar as inúmeras situações do dia a dia que permitem desenvolver e treinar o autocontrole; assumir os próprios atos e escolhas financeiras.
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1) o acumulador: guarda tudo; deve inteirar-se dos prazos de guarda de cada documento, e lembrar-se da regra 80/20 (80% dos papéis que guardamos, nunca iremos precisar);
2) o procrastinador: sempre tem um motivo para adiar a tarefa; precisa reformular o modo como encara as atividades financeiras e se auto recompensar quando completar um planejamento financeiro;
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4) o fugitivo: evita as questões financeiras; precisa descobrir a origem da aversão para tratar das questões financeiras.
Hoje, fala-se muito em Educação Financeira. Mas, geralmente ela é vista ou abordada apenas como uma forma de preencher planilhas, elaborar um orçamento, aprender a cortar gastos, poupar e investir. Só que a Educação Financeira vai além: ela pretende dar à pessoa uma melhor qualidade de vida, hoje e no futuro, proporcionando-lhe a segurança material necessária para bem viver e, ao mesmo tempo, ter reservas para eventuais imprevistos. É a conquista dos sonhos com muito equilíbrio na vida financeira.
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