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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A sedução dos remates

Vou contar mais alguns episódios dessa minha vida estranha depois que conheci Maristela Genro, minha campeirinha parceira, mãe de nosso filho Rudolf.

Nos remates são levados gados de toda espécie, tanto para interessados em comprar, como para vender. Em Santiago o Sindicato Rural tem uma área para esse fim, com várias mangueiras e bretes que podem acomodar cerca de 4 mil animais. Terneiros, novilhos, bois, vacas vazias, vacas prenhas e assim vai.

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Muitas vezes levei terneiras e novilhas ao remate só para sentir o mercado. Fixava um preço inicial alto, para que ninguém as comprasse. Pois nunca pude voltar para casa com elas. A qualidade se defende. Saíam a um preço para lá de bom.

Na Expointer, numa noite, depois de um julgamento em que não fomos bem, cruzei perto de onde leiloavam cavalos crioulos da Cabanha Maufer. No palco uma égua crioula, gateada, excelentes aprumos, uma princesa, desfilava, louca de exibida, andar de rainha e os lances corriam. Parei. O leiloeiro do Canal Rural me saudou. Me pediu um lance. Maristela me cutucou: “cuidado que é brabo pagar na água mineral o que compraste no vinho.” Não quis saber. Cobri o lance e levei a “morocha” para casa. Maristela me ralhava. E eu redarguía: mas é de presente pra ti… E ela: “essa égua tem andar de rainha sim, mas um olhar de tirana…”.

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