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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

A via do centro

Neste ano que antecede a eleição presidencial e a de governadores, na semana passada houve movimentos que adicionaram nomes ao Partido Socialista Brasileiro, indicando que há um objetivo nisso. Marcelo Freixo deixou o PSOL e entrou ontem no PSB junto com o governador Flávio Dino, que deixou o Partido Comunista do Brasil. Podem fazer o mesmo o exministro e deputado federal Orlando Silva e a ex-candidata a vice-presidente na chapa de Haddad, Manuela d’Ávila. As mudanças teriam recebido a bênção de Lula. Estranhamente, não foram reforçar o PT.

Pode-se imaginar que ficou pesado carregar a sigla PT, depois do que a Lava-Jato mostrou, com tesoureiros do partido presos e o próprio líder máximo passando um tempo na cadeia e agora livre, mas não inocentado. Ficou pesado também carregar a fama de partido radical, como o PSOL, e mais ainda a denominação comunista. O partido Comunista Brasileiro já havia se transformado em PPS – Partido Popular Socialista – mas até essa denominação foi descartada e hoje é Cidadania – um nome mais aceito.

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E o centro, o que é? Hoje tem sido chamado de terceira via e busca a imagem de virtuoso, pacificador e alternativa entre a esquerda e a direita, como se polarização fosse um mal. A maior democracia do mundo sempre teve dois polos: Republicanos e Democratas, e funciona. Além de tudo, as mudanças reais nos países têm sido feitas por governos de esquerda ou de direita. É raro o centro fazer mudança. O centro costuma falar em mudança, sim; mas apenas finge, para amortecer a necessidade de mudar. “Mudar para não precisar mudar.”

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